quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Dia, noite, e tampouco...

Nasci no horário crepuscular,
o sol já havia se ido
e a lua já estava no céu,
não faço parte do dia,
nem sou um filho da noite.
Não sou cegado pela luz,
nem me deixo enganar pelas sombras...
Não sou o certo, ou o errado,
Não sou o bem, ou o mal,
Não sou o inferno, ou o paraíso,
Não sou o passado, ou o futuro,
Não sou o amigo, ou o inimigo,
Não sou um demônio,
Tampouco sou Deus.
Mas,
Eu sou o certo e o errado,
o bem e o mal,
o inferno e o paraíso,
o passado, o futuro, o presente...
o amigo inimigo,
e o inimigo amigo,
o paradoxo dos opostos, e o seu contrário contra-senso,

Eu nasci à meia-luz.

Dissolvendo o tempo

Mato o tempo com o ócio. Corroendo lentamente o tédio com comprimidos de paracetamol. Ócio dói, dentro do crânio.

E quem desejaria um bom pote de desejos nessas horas?

Duas moedas grandes cada, não são feitas devoluções nem vendemos fiado.

Um dia eu estava assistindo um filme, lembrei de fazer café. Fiz café, mas o filme ficou apenas desejando. Um "bom dia" dito pelas beiradas. Um "olá" pela metade. Um abraço pela tangente. Intangível.

Meu tempo rola, um segundo de cada vez, em porções de minutos. De horas. De dias. De meses. Anos. O quanto durar. Acaba-se o pote de inclinações, cessam-se os graus. Coloca-se um novo pote e enche-se de novo.

Tempo é areia. Não se engole, se pisa. Mas penetra pelo calçado, adere à pele, entra na roupa, na boca, nos olhos. Enche os pulmões até não podermos respirar.

O tempo não é solúvel. Nós que somos solúveis em tempo.

Solvente e intangível.

Ah, quem dera dissolvê-lo em pó de arroz e distribuir àquelas modelos e atrizes baratas de nosso dia-a-dia. Jogar ao vento, deixar o tempo provar do próprio veneno.

Quem dera.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Então ,a vida ensina.

domingo, 27 de setembro de 2009

Meu coração não tem fila

Ouvi a pouco tempo atrás alguém dizendo:
"Ih, a fila andou!"
Não estava envolvido em nada com a história de tal criatura, mas isso me fez pensar [como se isso fosse uma surpressa, tudo me faz pensar...]

Putz, meu coração não tem fila, meu coração tem é sentimento.
Se não sinto nada especial por ninguém, então fico sozinho, se sinto algo por alguém, tento trazê-la para perto de mim.

Por que essa necessidade tão grande de não ficar sozinho(a)? Qual a graça de estar com alguém sem sentimento, apenas atração?
Sim, claro, se sentir atraído por alguém é bom, ficar com essa pessoa é ótimo, mas possuir um sentimento por essa pessoa é ainda melhor, sem comparação.

Não faça uma fila de desamores, mas sim histórias de antigos amores [dramas, comédias, tragédias].

"Quando tudo estiver perdido, apenas o Amor poderá salvar o mundo."
M. Marconi
[eu acho, não lembro de ter plagiado essa frase...]

sábado, 26 de setembro de 2009

Ah, a vida...

Ontem à noite, faminta depois de sair do coral, fui num famoso restaurante de comidas supostamente árabes para comer algo. Resolvi levar para comer em casa e fui para a parada de ônibus. Já na parada, um garoto de uns dezoito anos, no máximo, me abordou pedindo dinheiro. Na verdade, não ouvi o que ele disse, pois estava com os fones de ouvido nas orelhas, mas como esse mesmo garoto já havia me abordado diversas outras vezes, sabia o que ele queria.

Então eu tirei os fones, abri a mochila, peguei minha carteira e perguntei pro cara quanto ele queria. Eu juro que não tive intenção nenhuma de ofender ele. Mas ele debochou de mim, dizendo que aceitava cartões de crédito, e que se eu pudesse fazer um depósito de uns dez mil ele ficaria feliz. Eu fiquei com muita vergonha, pois não fiz a pergunta por mal, apenas porque não havia entendido o que ele tinha falado enquanto ouvia música.

Depois de fazer muita piada de mim, eu dei o troco que eu tinha pego no restaurante a ele, que foi pedir dinheiro pra pessoa ao lado. Me senti uma idiota depois daquilo. Eu, tenho 17 anos, trabalho todos os dias pra ter o meu dinheiro. E ele, que me parece ser bem saudável, pede dinheiro para outras pessoas asim como eu, e debocha de quem lhe dá dinheiro.

Enfim, não entendo esse capitalismo.

Keine

...and I'm gonna throw it all away.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Fatalismo

Uma geração vai, a outra geração vem;porém a terra para sempre permanece.
E nasce o sol,e pôe-se o sol,e volta ao seu lugar donde nasceu.
O vento vai para o sul,e faz seu giro para o norte; e continuamente vai girando o vento,
e volta fazendo seus circuitos.







Eclesiastes - I,4,5,6

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Felicidade

Certa vez em outro post, de outro blog, mais exatamente aqui, eu comentei sobre o assunto felicidade e sua busca, expressando o que achava sobre o assunto.
Hoje, durante minha cadeira de filosofia na faculdade, o professor trouxe um vídeo sobre o filósofo Epicuro. Ele mostrava algo semelhante ao que eu havia falado, sem nem sequer conhecer essa linha de raciocínio.
Só podemos ter felicidade quando temos 3 condições atendidas:
- Ter amigos
- Ter liberdade (auto-suficiência)
- Ter sua vida bem analisada (afastamento do mundano)

Ou trocando em miúdos, é necessário a solidão, e a companhia de outros para se alcançar a felicidade. Estranho? Talvez, mas verdade de qualquer forma.
Ninguém é feliz sozinho, pois é necessário a amizade. Ninguém é feliz se ela não vem unicamente de si mesmo atravéz do afastamento do que é mundano (meditar, refletir, fazer balanço).
E a auto-suficiência onde se encaixa? Simples, ter o minino para se viver, e não apenas sobreviver.

Não me aprofundarei muito nisso hoje, vim só pra mostrar um antigo pensamento que ao meu ver continua plenamente correto.

domingo, 20 de setembro de 2009

Run to me - Bee Gees

If ever you got rain in your heart,
someone has hurt you, and torn you apart,
am I unwise to open up your eyes to love me?

And let it be like they said it would be -
me loving you girl, and you loving me.
Am I unwise to open up your eyes to love me?

Run to me whenever you're lonely. (to love me)
Run to me if you need a shoulder
Now and then, you need someone older,
so darling, you run to me.

And when you're out in the cold,
no one beside you, and no one to hold,
am I unwise to open up your eyes to love me?

And when you've got nothing to lose,
nothing to pay for, nothing to choose,
am I unwise to open up your eyes to love me?

Run to me whenever you're lonely. (to love me)
Run to me if you need a shoulder
Now and then you need someone older,
so darling, you run to me.

Horóscopo






sábado, 19 de setembro de 2009

Como roubar um coração



Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto,
não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.
Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho,
requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente
tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes,
que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele,
vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.
Uma metade de alguém que será guiada por nós
e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade,
a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples...
é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.


Luís Fernando Verissímo



Texto perfeito, meu pensamento é semelhante, sempre foi, mas sinceramente considerei o texto do Verissímo tão bom que uma tentativa minha de fazer algo semelhante sria um fracasso vergonhoso.

Estranho, eu?



A poucos dias, um colega meu de serviço me olhou durante café e disse que eu sou estranho.

Ele, segundo ele mesmo, já "cruzou" com uma casa de dois andares [não me pergute como], com um rolo de papel higiênico, e outras coisas que prefiro não comentar. Veio do Paraná para o Rio Grande do Sul, sem conhecer ninguém e nem tendo algum emprego em vista. Se declarou para uma mulher, levou um fora federal e se casou com a amiga dela. Trabalhou contrabandeando mercadorias do Paraguai, e parou de estudar no ensino médio.

E um cara desses me chama de estranho...

Que fim de carreira...

[to precisando de outro emprego]

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A Cidade

Ah, a cidade.

Fumaça. Pessoas. Carros. Prédios. Movimento. Movimento. Sinaleira. Transporte público. Chuva. Vendedores ambulantes. Lancherias. Cafés. Restaurantes. Tabacarias. Lotéricas. Bancos.

Filas. Filas. Filas. Filas. E mais pessoas.

É aqui que fica realmente nítida a diferença entre convivência e co-existência. Pode-se co-existir mesmo sem conviver. Aliás, essa é a maior jóia urbana de todas. Nada de enchentes, incêndios, latrocínios, assaltos, mendigos, crack, policiais e a sujeira sempre presente. É a co-existência sem convivência. Principalmente por a primeira ser, quase sempre, obrigatória. A partir do momento em que se faz co-existir por prazer, por hobby, viram-se os pés em direção à convivência.

E as filas. Ah, as filas...

O ser humano não poderia ser mais puro e impuro ao mesmo tempo do que dentro de tal cenário. As emoções são mais fortes, profundas, rápidas. Os sentimentos, vãos. A vida, fugaz.

Ah, a cidade...

O Jogo, novamente

Pressentimento é algo complicado. Em primeiro lugar porque é tão confiável quanto uma roda de carro de ferro velho. Segundo: mesmo que saibamos o quanto arriscado é, nos agarramos demais à hipótese, quase a tornamos real.

Bom, o que eu quero dizer com tudo isso?

Mas alguém realmente iria ligar? Iria. Ainda.

Com um trip-hop ao fundo, apenas a tela do notebook iluminando o pequeno ambiente.

As coisas não são meramente porque são. Elas são porque outras coisas as fizeram ser assim.

Compreenda, a cafeína não afeta isso. Duvido que alguma droga qualquer pudesse ter capacidade de afetar.

Como disse uma vez o titio Manson, nem todas as drogas do mundo podem te salvar de ti mesmo.

Ah, mente, cérebro, coisa complicada. Viver. Não viver. Mesmo vegetar. Mesmo ser um covarde. Aliás, plagiando, muitas vezes é mais difícil ainda ser covarde. E não tem nada a ver com auto-estima. Desde a vontade, até o conhecimento de que sem agir não ocorrerá nada. O fato de conhecer a própria capacidade, o próprio limite.

Muitas vezes, a inércia é a opção mais complicada.

E continuo precisando de café.

O Jogo

Sabe aquela sensação de que algo dará errado logo, mesmo quando tudo está particularmente perfeito? Aquele pressentimento de que o jeito predestinado da paz momentânea do conjunto tenderá a um caos desnecessário, aparentemente causado pelo acaso, porém iminente, demais pra ser desconexo? Sabe aquele sentimento de estar afundando, mesmo quando se está há quilômetros de distância até de meras poças d'água?

Eu acho que preciso de café.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Pequeno conto #1

Se alguém olhasse para Felipe naquele momento diria que ele devia estar concentrado em algo muito importante, pois estava de pé, sem se mexer a algum tempo, com o rosto virado para o horizonte no templo no alto do morro.
Porém na verdade estava apenas olhando algumas borboletas voando logo a frente, sim ele tinha muitos problemas ultimamente, mas já tinha decidido o que iria fazer e não queria mais pensar no assunto para não cair em tentação de dessistir de tudo. O que ele queria agora era um pouco de paz de espirito para encarar o que vinha pela frente, e nisso as singelas borboletas estavam lhe ajudando.
De repente abaixou a cabeça, e falou em meio a um suspiro:
- Lá vamos nós então...
Felipe era, bem, diferente, não que fosse covarde, mas muitas vezes para ele viver no seu mundinho de imaginação lhe parecia melhor do que um possível fracasso no mundo real.
Não tinha inimgos, mas também não tinha amigos de verdade, enquanto descia o morro a pé ficava pensando em todos aqueles que haviam passado por sua vida, como eram e como estavam. Sempre havia evitado ter relações muito íntimas, pois o medo de um dia elas acabarem lhe parecia pior do que nunca tê-las. Mas agora, ah agora, ele bem que gostaria ter escolhido nunca ter conhecido aquela garota. O nome dela? Cris.
Após subir no onibus e pegar seu lugar habitual, ali, logo ao lado da roleta, sentava do lado do corredor para evitar que alguém sentasse ao seu lado, artimanhas que se aprende quando se passa uma vida andando de transporte público. Ele começou a pensar o que nela o atraía dequele jeito. Sim ela era bonita, inteligente, simpatica, ou seja cheia de qualidades, mas ele conhecia várias garotas com esse perfil, o certo é que nunca encontrou a resposta para isso.
No momento em que desceu do ônibus seu coração disparou e aquele medo que sempre o controlou parecia crescer insuportavelmente, mas seguiu em frente sabia que se pensasse em desistir e parasse por um segundo que fosse acabaria desistindo completamente. Lembrou do que seus amigos disseram quando lhes contou o que sentia e das conversas que já havia tido com Cris, a sua maioria pela internet.
- Cara, tá na cara que ela ta afim de ti, só tá te faltando atitude.
E junto com essa vieram exclamações bem semelhantes, mas mesmo assim não se sentia seguro, afinal seus amigos eram dados a gozação.
Chegou ao lugar do encontro quase tremendo, era uma bomboniére no centro da cidade. Sentou-se e tentou se acalmar, respirou profundamente, quase rezando para que seus amigos estivessem falando sério e que tivessem razão.
Algum tempo depois ela chegou, para Felipe parecia que todo o ambiente havia se iluminado. Ela sentou, conversaram um pouco, até que ela perguntou:
- Ãh, tu tinha me dito que queria me falar algo hoje, o que era?
Rodrigo era do tipo que olhava nos olhos quando conversa, em situações normais em um momento assim ele desviaria o olhar e desconversaria, mas por mais que tentasse isso se tornou ímpossivel naquele momento.
Meio sem jeito ele segurou a mão de Cris por sobre a mesa, deu um pequeno suspiro, quase imperceptível, e começou a falar:
- Bem... é que... nem sei como dizer...
Parou por um momento como se estivesse escolhendo as palavras, então abriu a boca para falar novamente:
- Sabe eu acho que te amo...
Rodrigo ficou olhando para Cris, suas palavras acabaram, a frase que tanto pensou em dizer foi dita, aquilo que tanto o aguniou, e por tanto tempo, ficou surpreso em como aquilo podia ser simples de ser feito. Após isso a única coisa que conseguiu pensar em falar foi:
- Eu também acho que te amo Cris.
Mas não falou, palavras agora eram desnecessárias.
Bem, o resto é história.

Material do Esdrúxulo Recanto.

A Madrugada

Ando notando que boa parte de meus posts são criados no meio da madrugada, quando não tenho interferências externas, quando o sono começa a me afetar, quando a mente cai no breu, com alguma música de fundo. Luzes apagadas, talvez, teclado iluminado pela tela do próprio notebook.

As coisas poderiam ser todas mais bonitas, mais felizes, mais concretas, mais certas. Mas o acaso e o breu me impedem de fazer sentido.

De certa forma é metafísica. Um post sobre posts.

Enfim, acho que estou numa jornada de coisas sobre coisas. Arte sobre arte. Posts sobre posts. Vida sobre vida.

Um dia isso tudo fará sentido ou virará adubo virtual.

Ou ambos.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Conteúdo Artístico

Agora diga-me: o que é arte? Alguma arte é melhor que outra? O que faz o conteúdo ser artístico?

Enfim, as pessoas tendem a caricaturar, a sobrepôr figuras, clichês.

Acho que nós todos deveríamos discordar, e muito. Cada ponto de vista, vindo de um contexto dentro de mentes diferentes, lugares diferentes, miopias diferentes.

Pergunte-me o significado de minha arte. Diga-me o significado do teu.

Arte não se atribui conteúdo, contexto, cor e credo. Arte é arte. Se pra ti significa algo, tu darás teu próprio significado.

O tempo escorre por entre os dedos, através da camisa, por debaixo das roupas. Cai, se espalha no chão, forma-se poça e afogo-me nela.

Acima, acima.

domingo, 13 de setembro de 2009

Velhos pensamentos

Texto pensamentante meu bem antigo já, mas quem sabe agrade ainda...



Será que um dia vou me encontrar,
e de mim não mais fugir, tentar se esconder,
ir para algum lugar mais além de onde já fui,
então voltar, o mundo mudar, e um novo rumo seguir,
para onde quiser ir,
com novos pensamentos, novas origens, outros horizontes, novas paisagens.
E tudo isso para que?
Ir além do imaginável?
Nada disso serve a não ser que o amanhã realmente venha,
que o mundo não seja uma prisão,
que os ventos soprem em todas as direções,
então eu irei, sobre meus próprios pés,
e andarei, até o fim do mundo,
para poder encontrar o meu mundo,
e então me realizar e ir atrás de outro sonho,
pelo qual valha a pena sonhar, e buscar,
pois a vida é curta e deve ser vivida pelos que sabem o que dela fazer,
para então finalmente perecer.

sábado, 12 de setembro de 2009

Encontro Pubiano

Não, não é nada disso que vocês pensaram safadinhos...
Trata-se de um encontro entre o povo desse blog, agregados, amigos, vizinhos, e quem mais quiser ir...
Isso mesmo, você, que está aí lendo isso pode participar desse blogontro [existe isso?].
Esse encontro será no dia 31 de outubro, na Feira do Livro de Porto Alegre - na praça da Alfândega.

Iremos nos encontrar [ao menos pretendemos] na frente do Rua da Praia Shopping, ao lado Mac Donald's, às 14 horas.

Mais informações, como chegar até lá, ou qualquer outra coisa, postem nos comentários.

Abraço a todos, vejo vocês por aí...

Um significado

Dê um.
Atribua.
Nem tudo necessita de sentido.
Nem todo sentido é fixo.
Nem todo sentido significa algo.
Nem todo significado tem sentido.

Mas, acima de tudo, na arte tudo é ambíguo.

No amor também.

No xadrez não.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Impossibilidades

Seria melhor se eu te parasse. Se eu te jogasse para o alto, te cobrisse de perguntas, te guardasse em minha estante.

Seria melhor se eu te pedisse, nem hesitasse. Se te congelasse no ato do ir, te virasse em meia volta, te chamasse para sair.

Seria melhor se eu te mostrasse, te iluminasse com mil velas, te cercasse de cetim.

Seria melhor se eu nem me parasse perguntando em retóricas, me perdesse em impossibilidades, me trancasse em meu quarto, nem saísse.

Seria melhor se nada tivesse um fim.

Seria?

Acho que não.

domingo, 6 de setembro de 2009

Quintanares



A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda.

Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarinho.

AS INDAGAÇÕES
A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.

A arte de viver é simplesmente a arte de conviver ... simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!

Reflexão de Lavoisier ao descobrir que lhe haviam roubado a carteira: nada se perde, tudo muda de dono.

Sonhar é acordar-se para dentro.

DA OBSERVAÇÃO
Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...

Esses que puxam conversa sobre se chove ou não chove - não poderão ir para o Céu! Lá faz sempre bom tempo...

Autodidata é um ignorante por conta própria.

Não tem porque interpretar um poema. O poema já é uma interpretação.

De um autor inglês do saudoso século XIX: O verdadeiro gentleman compra sempre três exemplares de cada livro: um para ler, outro para guardar na estante e o último para dar de presente.

A amizade é um amor que nunca morre.

Tão bom morrer de amor e continuar vivendo.

BILHETE
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo...

Hard to Explain.

A regra é clara

Proibido apalpar seios...



Proibido Zoofilia...


Não brigue com os elefantes...



Proibido roubar peixes...



Não dance com seus filhos...



Superman por ali...



Não alimente mutantes com seus filhos...



Zona de serpentes gigantes, cuidado...

Setembro não é o mês 7.

E chegamos a uma dezena de seguidores! Noh, progresso hein. Cinco pessoas, dez seguidores. Dois seguidores pra cada.

E então, como se faz um omelete? Com ovos, é claro!

Ósculos e amplexos, mesmo que vagos.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Dicionário Pliglota:


Estava eu, fuçando no Twitter quando encontrei esse incrível dicionário poliglota, feito a fim de que, nós, brasileiros, aprendamos alguns idiomas diferentes até a tão esperada [?] Copa do Mundo de 2014.

Veja como é fácil ser uma pessoa culta e com um vasto vocabulário, sem internetês e misérias atuais:

Expressões em Inlgês:
Expressão | Significado

A. Is we in the tape! = É nóis na fita.
B. Tea with me that I book your face = Chá comigo que eu livro sua
cara.(a melhor)
C. I am more I = Eu sou mais eu.
D. Do you want a good-good? = Você quer um bom-bom?
E. Not even come that it doesn't have! = Nem vem que não tem!
F. Wrote, didn't read, the stick ate! = Escreveu, não leu, o pau comeu!
G. She is full of nine o'clock= Ela é cheia de nove horas.
H. Between, my well! = Entre, meu bem!
I. You traveled on the mayonnaise = Você viajou na maionese.
J. I am completely bald of knowing it. = To careca de saber.
K. To kill the snake and show the stick = Matar a cobra e mostrar o pau.
L. Ooh! I burned my movie! = Oh! Queimei meu filme!
M. I will wash the mare. = Vou lavar a égua.
N. Are you thinking here's the house of Mother Johanne? = Tá pensando
que aqui é a casa da Mãe Joana?
O. Go catch little coconuts! = Vai catar coquinho!
P. You are by out! = Você esta por fora!
Q. If you run, the beast catches, if you stay the beast eats! = Se
correr, o bicho pega, se ficar o bicho come!
R. Ops, gave Zebra! = Xiiiii, deu zebra!
T. Before afternoon than never. = Antes tarde do que nunca.
U. Take out the little horse from the rain = Tire o cavalinho da chuva.
V. The cow went to the swamp. = A vaca foi pro brejo!
X. To give one of John the Armless = Dar uma de João-sem-Braço.

Mais em inglês:
A. Banheira giratória: Tina Turner
B. Indivíduo de bom autocontrole: Auto stop
C. Copie bem: copyright
D. Talco para caminhar: walkie talkie

Algumas expressões em RUSSO:
A. Conjunto de árvores: boshke
B. Inseto: moshka
C. Cão comendo Donut's: Troski maska roska
D. Piloto: simecaio patatof
E. Prostituta: Lewinsky
F. Sogra: storvo

ALEMÃO
A. Abrir a porta: destranken
B. Bombardeio: bombascaen
C. Chuva: gotascaen
D. Vaso: frask

CHINÊS
A. Cabelo sujo: chin-champu
B. Descalço: chin chinela
C. Top less: chin-chu-tian
D. Náufrago: chin-chu-lancha
F. Pobre: chen luz, chen agua, chen gas


JAPONÊS
A. Adivinhador: komosabe
B. Bicicleta: kasimoto
C. Fim: saka-bo
D. Fraco: yono komo
E. Me roubaram a moto: yonovejo m'yamaha
F. Meia volta: kasigiro
G.. Se foi: non-ta
H. Ainda tenho sede: kiro maisagwa



Maoooooooê

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Olhares...



Um dia alguém olhou para meus olhos e disse "Olá".

Um dia alguém olhou nos meus olhos e disse "Eu te amo".

Um dia alguém olhou para meu olhar e disse "Você, quando decide por algo, vai até o fim, mas não esqueça que nem sempre se pode estar preparado para as consequências que virão com suas escolhas".

Um dia alguém olhou atravéz dos meus olhos e disse "Você é um poeta mórbido".

Um dia alguém olhou sorridente para meus olhos e disse "Você me faz feliz".

Um dia alguém olhou tristemente para meus olhos e disse "Você merece algo melhor que eu".

Um dia alguém desviou do meu olhar e disse "Não me olhe assim".

Um dia alguém percebeu meu olhar e perguntou "O que aconteceu?".

Um dia alguém me olhou profundamente de disse "Obrigado".

Um dia alguém me fitou apreensivamente e disse "Nunca me deixe magoá-lo".

Um dia alguém olhou angustiadamente nos meus olhos e disse "Adeus".


E agora, agora tudo isso é passado.
E o brilho do meu olhar se extinguiu e renasceu por várias vezes.

Hoje eles fitam as estrelas, e esperam,
esperam pois sabem que em algum momento,
em algum lugar,
haverá outros olhos para os quais olhar...

Cafeína

É.

É.

Sim.

Não, ainda não dormi.


(...)


I can't sleep. Clowns will kill me.


Não pego no sono.


Não.


Olá, sol.