domingo, 22 de abril de 2012

Era uma vez um texto ruim sobre a falta de respeito.

Parece que virou padrão atualmente, mas o valor primordial do respeito anda muito em falta.
Quem dera fosse apenas uma síndrome das redes sociais, tão populares e sempre em crescimento atualmente. O problema, infelizmente, é bem mais enraizado do que isso.

Esse mal que atinge todas as idades tem uma fonte similar em todos os seus níveis, em não aceitar o diferente.
Não basta o preconceito e o medo daquilo que é diferente de si, a moda agora é faltar com o respeito.
Seja pela pessoa ter um visual diferente do padrão, ou por exatamente ter um visual dentro do padrão; Seja pelo gosto musical, pela escolha de profissão, até pelos hobbies das pessoas elas estão sendo desrespeitadas.

As atitudes aceitas como normais pela maior parte da sociedade fazem que se crie uma hostilidade para quem se comporta de modo diferente, e essa minoria ao sentir essa hostilidade começa a agir do mesmo modo a respeito de quem lhes agride.
Não é mais permitido ser o que se é, seja lá o que for. Aliás, é sim permitido ser o que se é, proibido é falar a respeito disso, pois caso aconteça tu encontrarás quem te critique sem o menor motivo em qualquer esquina.

E claro, dentro a moda do desrespeito há sempre a onda da vez, que atualmente vem de um pessoal que eu sempre gostei, os ateus.
Sempre houve uma pequena guerra entre religiosos e ateus, por vezes agnósticos também. Mas sinceramente? Já passou do limite essa torração de paciência, dentro e fora do Facebook. Não entende que todos merecemos humanos? Entenda que todos merecem respeito. Ninguém está te pedindo pra gostar, ou pra aceitar, só respeitar.

Não, o texto não está bom, nem eu me acostumei com meu novo horário de trabalho, mas assim é como vai a vida.

sábado, 14 de abril de 2012

Mundos criados em folhas de papel


Às vezes a imaginação voa e o papel fica, e as histórias não voam para além da nossa própria ilha dentro deste oceano de mentes.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Vidas velhas e conhecidas

"O início, o fim e o meio..."
Talvez alguns fins a mais, e outros tantos inícios. Ou um eterno meio.

E ele passeava por Porto Alegre. Não, não era aquela boêmia da cidade baixa. Tampouco pelos belos parques, do Farroupilha ao Jardim Botânico. Não caminhava pelo cais, nem pela orla do Guaíba. Não estava entre shoppings ou mesmo o Mercado Público. Não estava em nenhuma das casas de cultura, nem em museu algum.

Gostava de todos esses lugares, isso era certo, mas estava simplesmente andando por uma velha e conhecida rua, sob um belo céu nublado.
Nessa mesma rua encontrou um sebo, tão velho e conhecido quanto. Entrou, assim como os cheiros dos antigos livros lá dentro entrou em suas narinas. Acenou com a cabeça e disse oi ao também velho casal que trabalhava no caixa.
Começou a percorrer os corredores e as prateleiras.
Quantas belas velharias. Algumas até raras. Outras sem valor algum.
Mentalmente ia lembrando de cada uma das histórias que os livros lhe traziam. Guerras, conquistas, amores, romances, traições, loucuras, mistérios, alegrias, filosofias... ah, mundos e fundos, literalmente.
O subconsciente lhe transbordava de citações que sequer lembrava de um dia ter lido.
O consciente buscava algum livro de algum autor preferido.

De alguma caixa de som escondida começa uma música calma, mas bela. Fechou os olhos, sim, era Elvis.
Sorriu e voltou às prateleiras.
Sem motivo aparente olhou para a entrada do sebo. Tão velho e conhecido. E viu um casal, demorou-se alguns segundos os olhando e voltou para os livros ao alcance da sua mão.
Eles não queriam entrar, mas os amigos os empurraram para dentro. Cada um o olhou demoradamente.
O casal passou rapidamente por eles, e se ele os notou não deu sinal algum.
Os outros lhe cumprimentaram, um a um. E ele os respondia polidamente, sem nunca desconcentrar-se dos livros ou ao menos virar-se para olhá-los.
Aquele pequeno e estranho grupo o olhava desconfortável, enquanto ele parecia nem os notar. O provável era que estivessem desconfortáveis exatamente por causa disso.

No fim ele encontrou três livros dos quais estava procurando. E então foi falar com o velho casal do caixa. Conseguira alguns trocados de desconto, oras, melhor do que nada.
Ao sair do velho sebo, parou ao lado da vitrine, uma leve garoa caía lá fora e precisava proteger os livros.
Fazia isso e uma mão pousou no seu ombro, e uma voz lhe pedia para conversar. Conhecia a voz, conhecia a mão e conhecia melhor ainda a conversa.
Terminou de arrumar os livros e a mão continuava em seu ombro. Lentamente colocou sua mão entre ela.
O resto foi extremamente rápido, apesar de não parecer ter sido assim.
Ele apertou e torceu a mão. Ficou cara a cara com o dono dela, que começava a gritar por causa da dor. Ele sorri calmamente, diz não e segue pela velha e conhecida rua, deixando para trás alguns dedos deslocados na mão de alguém.

O infinito não tem início ou fim, é um eterno meio.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Caverna dos Dragões

Simplesmente o melhor desenho animado incompleto que já existiu.


Deviam fazer um filme de encerramento, just saying.