terça-feira, 31 de maio de 2011

Ele corre pela alameda.

Ele corre pela alameda.
Mas porquê é ele a correr? Não podiam colocar outro? Isso é preconceito, garanto que está correndo da polícia, né? Eu sei que tu não disse nada que pudesse ser ligado a algo preconceito, mas eu sei ler nas entrelinhas, oras. Mude isso.

O outro estava correndo pela alameda, e não estava fugindo da polícia.
Mas afinal por que ele estava correndo? Não podia ser outra coisa? Que tal pular? Pular é um bom verbo. Como assim vai ficar gay? Isso é preconceito, não pode, coloca pular AGORA. O que? Hum... OK, pode ser saltando então.

O outro estava saltando pela alameda, e não estava fugindo da polícia, nem saltando de maneira fresca.
Hey, quem mandou colocar esse treco de fresco aí no meio? Eu sei que tu é o autor, mas não me importo. Não vai mudar? OK então. Mas me explica, o que é uma alameda?

O outro estava saltando pela feira, e não estava fugindo da polícia, nem saltando de maneira fresca.
Peraí, por que tu mudou alameda para feira? Hahaha, não vai me dizer que tu colocou a palavra, mas nem sabia o significado? Cara, tu é mesmo um otário.

Eu defenestro o comentarista.
... O que é defenestrar? HEY, ME LARGA, SAI DE PERTO DESTA JANELA.
POOOOOOooorraaa.........

Ele corre pela alameda.

Você age, e o mundo reage

Você faz silêncio, mas o mundo não se cala.
Você fala, mas ninguém o nota.
Você grita, mas perde a razão.
Você explica, mas não há alguém que se importe.
Você chora, mas o consolo não aparece.
Você pensa, mas nada faz sentido.
Você morre, todos choram, e seguem suas vidas.

domingo, 29 de maio de 2011

Post mega curto non-sense

Se tu nunca passou a madrugada acordado vendo filme do Caça-Fantasmas na televisão, tu nunca viveu de verdade.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Fraquezas

Pode até parecer fraqueza. Preciso dormir.


Preciso esquecer. Pra logo depois me apaixonar de novo. E seguir assim.

Num loop infinito. De paixões, dissabores, amores e desamores.


Sempre lembro. De nós. Pra não esquecer, me machuco a cada noite, rolando na cama.

Sim, eu sei, meu bem. Vamos esquecer, vamos em frente.

Outras e outros virão. Pra nós todos.



Mas eu, eu te amei tanto. Me doei tanto, que preciso de um tempo pra ficar sozinho na minha. Quieto, lambendo minhas feridas.



Sentindo os pingos frios de chuva em mim. Sentindo a dor do vento na pele.


E sinto também, lá longe. Um abraço.


Um cabelo bagunçado jogado no rosto e um perfume de baunilha que dá vontade de morder.

Vou ali, aceitar um abraço e não chorar.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sobre coincidências

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Não existem coincidências, apenas o inevitável.

Porém, quando esse é evitado, acontecem coincidências que levam a ele, tornando o inevitável, inevitável.
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Mauro Marconi 

Diálogo dia logo

Nada bem.

Nada bem aqui também.

Um dia.

Uma noite.

Nada bem. Já errei demais.

Eu quero acertar

Eu também.

Se tu descobrir como acerta, me avisa, tô sem saber como é.

Olha, esse negócio de viver dá muito trabalho, e eu ainda tento ser feliz?

Complicado isso, eu sei.

Eu amei tanto.

Pois é.

E nada resolveu.

Amor não basta.

Tem que ter algo a mais.

Pra tu não morrer da próxima vez, né?

É.

Mas é sempre preciso morrer um pouquinho por vez.

Me avisa, por favor.

O amor, o meu amor, foi como um acidente.

Batemos de frente e nada se restou.

Fim.

E no fim, eu morri, mais uma vez.

sábado, 7 de maio de 2011

Fango - Jovanotti [Traduzido]

Eu sei que não estou sozinho
Mesmo quando estou sozinho
Eu sei que não estou sozinho
Eu sei que não estou sozinho
Mesmo quando estou sozinho

Debaixo de um céu de estrelas e de satélites
Entre culpados vítimas e supersticiosos
Um cão ladra para a lua
Um homem olha a sua mão
Parece aquela de seu pai
Quando era menino
Lhe agarrava como nada e o levantava para cima
Era belo o panorama visto do alto
Se atirava sobre as coisas sem pensar
Sua mão era pequena mas agarrava o mundo
Agora a cidade é um filme estrangeiro sem legenda
As escadas da subida são escorregadias,escor, esco
O gelo sobre as coisas
A televisão diz que as estradas são perigosas
Mas o unico perigo que sinto realmente
É aquele de não conseguir mais sentir nada
O perfume das flores ,os odores da cidade
O som das lambretas o sabor da pizza.
As lágrimas de uma mãe as idéias de um estudante
Os cruzamentos possiveis de um praça
De estar com as antenas erguidas na direção do céu
Eu sei que não estou sozinho

Eu sei que não estou sozinho
Mesmo quando estou sozinho
Eu sei que não estou sozinho
E rio e choro e me misturo com o céu e com a lama
Eu sei que não estou sozinho
Mesmo quando estou sozinho
Eu sei que não estou sozinho
E rio e choro e me misturo com o céu e a lama.

A cidade é um filme estrangeiro sem legenda
Uma panela que cozinha pedaços de diálogos
Como estás, quanto custa,que horas são
O que acontece,o que se diz,no que se crê
E então se vê
Aí se sente só parte de um alvo
E torna-se um pesteado quando faz um erro
Um cartaz de seis metros diz tudo está ao teu redor
Mas tu olhas ao redor e ao contrário não tem nada.
Um mundo velho que está junto só grato aquele que
Têm ainda a coragem de apaixonar-se
E uma música que bombeia sangue nas veias
E que faz vir a vontade de acordar-se e de levantar-se
Pare de lamentar-se
Que o único perigo que sente realmente
É aquele de não conseguir mais sentir nada
De não conseguir mais sentir nada.
O bater de um coração dentro do peito
A paixão que faz crescer um projeto
O apetite a sede a evolução atual
A energia que desencadeia-se em um contato

Eu sei que não estou sozinho
Mesmo quando estou sozinho
Eu sei que não estou sozinho
E sorrio e choro e me misturo com o céu e com a lama
Eu sei que não estou sozinho
Mesmo quando estou sozinho
Eu sei que não estou sozinho
E rio e choro e me misturo com o céu e a lama

E me misturo com o céu e com a lama
E me misturo com o céu e com a lama

Letra original. [italiano]

terça-feira, 3 de maio de 2011

Pursuing happiness,
ou apenas andando ao léu.

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Sentado no ônibus, olhando para as casas, pessoas, animais e vidas que ficavam para trás, juntamente com a paisagem, ele não pensava em como a vida é uma montanha russa.
Idas, vindas, tristezas, alegrias, tudo é passageiro, mas isso todos já sabemos, não?
Sentia-se feliz naquele instante, sem motivo, por que achar motivos para tanto? Basta apreciar o momento.

Não, nada de novo havia ocorrido, sem novos amores, sem novo emprego, sem ganhar na Mega. Nunca apostou, aliás. Não acreditem, mas nem beber este caro personagem bebeu. O vinho ainda estava fechado em casa, as outras bebidas também. O tão envolvente livro na sua cabeceira continuava lá, e a xicará de café vazia, sem ter sido preenchida aquele dia.

Desceu, andou pelas ruas semidesertas, com as lojas fechadas. Feriado é sempre assim. Não encontrou ninguém, mas sorriu a desconhecidos, e desconhecidos sorriam de volta. Nem sempre, mas sorriam.

Noites frias fazem as pessoas se tornarem mais calorosas.

Enfim, voltou, ainda sem café. Um dia bom. O sono. Boa noite.
Já ouvi isso antes, de forma tão diferetemente parecida. Ainda assim, boa noite.

As horas passam, o sono vai, o sono vem, Boa noite, já lhe disse.
Ainda não percebeu que o tempo brinca? Faz isso com o mesmo divertimento com o qual brinca com seus próprios cachos.
Beijos, boa noite, nos vemos... ...quando for o tempo.

Então dorme, com um sorriso feliz no rosto. Lembrando de risos que não deveria ouvir, e de olhos que queria olhar.

domingo, 1 de maio de 2011

Um ano de ausência de personalidade.

Jogado num rio de pensamentos alheios.
Numa cidade lotada de farsantes e cópias de farsantes.
Num corpo que não é seu, numa vida moldada por outros.

E se um dia todos acordassem?