terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Conto pra vocês

conto (não erótico e mal feito)

eles então se conheceram. eles então se gostaram. eles então foram em frente.

eles então brigaram. sentiram ciúmes. choraram. voltaram.

eles então, conversaram. se beijaram. fizeram planos. fariam filhos.

brigaram de novo, e fizeram as pazes. e descobriam a cada dia que ainda não se conheciam tanto. e sentiram a vontade de saber. e continuaram, como no início, a se descobrir, a se surpreender. ele então foi buscá-la na saída do trabalho.

ela então descobriu um carinho que ele gostava.

ele então viu como ela tinha ciúme. e sorriu com isso. e se sentiu seguro.

e os problemas vieram. como tinham de vir. e eles enfrentaram. e se amaram. e continuaram assim, por que sabiam ambos que nada valeria mais a pena que aquele amor. que nada valeria mais que aquela sensação.

eles sabiam. desde o início. sabiam que não seria fácil. mas eles não precisavam que fosse fácil. eles precisavam que fosse.

e assim foi. Ao menos até terminar o filme.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Christmas tales - pt. 1

Tudo o que ele queria era encontrar aquela atriz que fez o teatro inteiro parar quando ele a viu no palco.

"Ela estava de peruca, esqueça, tu nunca mais vai vê-la, vamos embora, está tarde." Gritava seu lado consciente.
Mas ele ficou. Ficou, e não a encontrou entre os atores que saiam em grupos do local.

Ele não queria ir embora, mas em breve o metrô fecharia. Estava escuro, e não tinha companhia para voltar, olhava para todos os lados em busca de qualquer movimento suspeito. Lembrava das vezes que já havia sido assaltado, e não estava nem um pouco ansioso para repetir a experiência.
Chegou cedo na estação, foi para a plataforma comprando um pão de queijo no caminho. Comprou um café também, expresso, duplo.
Faltava meia hora para o último trem, e a noite estava fria. Sua idéia original era pegar o primeiro aparecesse, mas ao ver que todos os vagões lotariam resolveu deixar o primeiro ir e depois tentar pegar um lugar para sentar no próximo que passasse.
Algumas pessoas tiveram a mesma idéia e uma dúzia de pessoas tentavam se aquecer durante a espera. Não apareceram muitas outras pessoas.
"Ótimo, pelo menos uma coisa dá certo hoje."

Terminou seu café, e comprou outro logo antes de entrar no vagão. Só mais três pessoas nele. Fechou a janela que algum descuidado devia ter deixado aberta, sentou-se e colocou os pés no banco da frente, perpendicular ao seu.
Fechou seus olhos por um instante, apenas para abrir ao som de alguém correndo, não olhou e fechou novamente. Os passos diminuiram o ritmo ao entrar no vagão, andaram calmamente até que pararam, e alguém sentou do seu lado. Ele suspirou, "de tantos lugares vagos alguém escolhe pra sentar do meu lado? Só pode ser um chto."

Ele olha, e como não podia ser diferente, lá estava a atriz. Ele se apressa para sentar corretamente, quase derramando o café em si mesmo.
- Oi, lembra de mim?
Ele piscou várias vezes, se certificando que não estava sonhando, ela o olhava curiosa.
- Lembro, claro, tu...  tu tava linda na peça hoje.
- Tu me viu na peça? Nossa, e gostou?
"Peraí, ela deve estar me confundindo com alguém, como eu não lembraria de conhecê-la?"
- Adorei, não que eu tenha prestado muita atenção depois que tu apareceu. Haha
Ela revirou os olhos e sorriu.
- Tu me deu um número falso né? Não que eu tenha ficado surpresa.
"Ela me conhece mesmo então"
- Eu perdi o meu número faz pouco tempo, estou com um novo agora. Tentei espalhar este por aí...
- Bem conveniente isso não?
Ela sorriu para ele e piscou algumas vezes.
- Acho que vou sentar em outro lugar.
- Não! Não faça isso, é verdade.
Ela o encarou por alguns momentos, depois relaxou no local.
- Hum, eu fico pelo preço de um café.
- Isso é maldade.
- Eu sei.
Ele passou o café para ela, e ela tomou um gole sossegadamente.
- Mas admita que é estranho, nos conhecemos, abro meu coração e minha vida, teu celular aparentemente sem bateria, e depois um número que não funciona. Não que eu achasse que ser uma ajudante de papai noel de cara pintada me fosse trazer algum gatinho...
Algum ouvinte mais atento conseguiria distinguir o som da ficha caindo na cabeça dele.

Poucas semanas atrás ele havia encontrado uma ajudande de papai noel discutindo com alguém em uma calçada pouco movimentada no centro. Era uma bela garota, apesar da pintura, e o rapaz parecia um tanto fora de controle. Quando foi passar por eles o rapaz levantou a mão, se era para bater nela ou apenas ameaçar nunca se ficou sabendo, e no momento em fez isso sua testa foi acertada.
O rapaz foi pego pela surpresa de acerta algo inesperado, olhou atônito para o lado e o encontrou abrindo os olhos em sua direção. Olhos frios.
- Vai!
O rapaz ouviu a ordem, e continuou encarando o sujeito à sua frente, o medindo. Não pareceu achar que fosse algum real desafio.
Então de súbito sentiu algo apertar sua garganta e o pressionar contra a parede, e os mesmos olhos frios o encarando.
-Eu acho que disse para ir.
Ele ainda tentou reagir, apenas para sentir o aperto aumentar e um joelho encontrar-se com seu estômago, de leve, apenas um aviso.
- Quer mesmo tentar a sorte?
Em um instante ele estava solto. Praguejou baixinho, encarou aqueles olhos por um instante e sentiu uma enorme necessidade de olhar para outro lugar. Resolveu então fitar a moça com quem discutia, mas então sua visão foi interrompida pelos mesmos olhar que não conseguia encarar. Pressionou os dentes, fechou os olhos, e então subiu na sua moto e se foi.
- Tudo bem?
Ele se virou para ela, e então logo depois estavam tomando café em um pub próximo. Falaram da vida, e encerraram com um beijo quando ela teve que voltar ao trabalho.

Ele sorriu, depois olhou confuso para ela.
- Não te vi mais ajudando o papai noel...
- Ah, culpa minha, devia ter avisado que era algo provisório. Como consegui uma vaga na peça, pedi as contas lá.
- Humm... Mudou cabelo também.
- Aham, gostou?

sábado, 25 de dezembro de 2010

Este é o meu último post

Talvez não o desse ano, certamente não o desse blog, mas o último de uma fase.
Fiz vários post sobre mim durante o ano, por falta de tempo, de criatividade, por simplismente precisar falar. Este é o último, por um bom tempo espero.

E chega o ano ao final, ano corrido, ano divertido, ano tresloucado e trancado. Pouco deixou de acontecer, e o que ficou pelo caminho está preso em promessas para o próximo. E imagino que ninguém saiba exatamente do que estou falando.
Talvez seja melhor assim. Talvez não.

Talvez simplismente esteja faltando café.

Fiquei sem tempo, mas tinha criatividade. Fiquei sem ambos. Estou com ambos, mas minha internet se foi até segunda ordem. Ano irônico.

É Natal e fiquei sem presente. É Natal, e não faz diferença alguma, a não ser o frango assado, e a lasanha 5 queijos que eu mesmo fiz. É Natal e logo mais o Noel e seu espírito vai sumir. É Natal e logo Jesus vai morrer, e depois ressucitar.
É o que dizem.
Não isso realmente signifique algo pra alguém. Nem que o tempo realmente exista.

Ainda falta café.

Amei, odiei, fiz amigos, e alguns inimigos também.
Me perguntaram se ainda gostava da Danusa. Eu disse 'claro', afinal, por mais que a vida ou qualquer coisa separe, nunca deixei de gostar de ninguém que eu tenha mesmo gostado, assim como desse ano mesmo, ainda gosto e muito da Yugi, aquela de cabelo curto. Assim como de alguns anos ainda amo a Paty.
Fazer o que? É a vida, a minha vida. Minha vida e das minhas paixonites. Que por mais passageiras que sejam, de certa forma são eternas.
É estranho nunca sentir um sentimento morrer... torturoso certas vezes.

Chegou o Natal e não presenteei ninguém. Alguns responderam minhas sms', responderam, mas lembrar de me mandar, ah, isso nunca lembram. Eu sou esquecivel, mas lido com isso a muito tempo pra ainda me preocupar.

Por que eu fui tomar todo o café antes?

Logo logo a Dilma assume. E eu estou preocupado com isso. E ainda vou criticar ela por aqui, e se merecer, elogiarei também.
Afinal a vida é isso.

Afinal... o que é vida?
Isso tudo que acontece entre o nascer e o morrer? Isso não é vida.
Vida, meus caros, é o nascer, e é o morrer. Nada além disso.
Você apenas precisa nascer um pouco mais, e morrer um pouco mais, então estará vivendo muito mais.

Ou não, afinal, estou sem o meu café.

Está na hora de voltar a andar, ouvir o mundo, quebrar teorias, magoar sentimentos, criar mundos, tocar nas feridas, elevar a estima, dar umas rasteiras, respeitar, provocar, discutir, polemizar. Está na hora de passar mais um café, melhor, dois. Acho que tu vai querer um também.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Mulher perfeita

Texto antigo II

Encontrei um texto meu antigo, que faz todo sentido de novo agora.

Deliciem-se.

Não há nada de concreto entre nossos lábios.

Logo tu iria cansar. te conheço. sei como és.

Nós dois temos os mesmos defeitos. e sabemos tudo a nosso respeito.

E eu sei.

Tu te cansaria do modo como ando desleixado no domingo. de como xingo o juiz mesmo quando ele acerta. das mensagens engraçadas que mando pros amigos. da minha barba por fazer. da minha cara de sono. ao sair do cinema.da minha falta de jeito pra dançar.

do meu sorriso confiante pro garçom. da conversa sobre futebol com o guarda.

do modo como consigo amizades em qualquer lugar, sem me importar com o ridículo.

da minha falta de jeito pra falar com a tua mãe, e com o meu pai.

do jeito rápido como tomo banho e deixo a toalha molhada em cima da cama.

tu cansaria.

do meu olhar de cachorro sem dono. da minha depressão involuntária em dias de chuva. do modo como eu não peço informações quando estou perdido.

de como inspeciono o frentista do posto. de como fico bravo quando o Grêmio joga mal.

de todos os lados que tu me olhar, tu vai cansar. eu sei.

está em ti, em nós.

não podemos seguir em frente com esse sonho.

acabou. sonhos á parte, vá em frente.

não se importe comigo. acabou.

Duas certezas: de hoje em diante, só. E da próxima vez, só uísque escocês.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Eternidades

Enquanto escrevo, fumo um cigarro, e bebo essa cerveja, o mundo prossegue a girar lá fora. Giros, cantaria o Fito. Ou Hurt, cantaria o Johnny. Vamos então a história.

Ela disse que amava ele. Enquanto gozava no seu ouvido, enquanto ele a penetrava, ela o amava. Até hoje, tem na memória os gemidos dela, os arranhões e os puxões de cabelo.

A primeira vez que uma mulher disse que amava ele, foi durante o sexo. Todas as outras foram assim. Não que tenha sido ruim, os olhos castanhos dela brilhando durante um orgasmo. Winter prossegue no seu solo, e o mundo gira. Foi uma noite quente. Um banho. Um jantar qualquer. Uma bebida qualquer. Ele agora não conseguia se lembrar de antes, tudo era qualquer coisa. Tudo era qualquer lugar. Foi onde se deitaram, nus. Exaustos, mas querendo mais. Olhos brilhavam, a janela aberta deixava entrar a luz dos postes. Estavam sós. Se sentiam completos? Talvez, ele sim. Ela, jamais saberemos. Estavam cansados mas e daí? Tudo que ele queria estava ali, naquele metro e sessenta de puro charme. Naqueles cabelos negros, e naqueles quadris que..., enfim, fiquem a imaginar. Naquela noite, ele havia tocado a eternidade. Naquele instante, ele sabia, o mundo poderia ser dele e ele poderia fazer sonhos valerem a pena. Não são apenas quando ditas que tais três palavras provocam impacto. Quando são demonstradas, mais que ditas. Sexo é bom, mas não é tudo. Naquela noite, ele sabia o que era viver. Ele descobrira a diferença entre viver e existir. Não, jovem leitor, nem falo do sexo com ela, que sempre fora bom. Falo do momento mágico, em que sentiram como se suas almas tivessem se tocado. O encontro entre duas almas abre inúmeros caminhos e o menos provável deles é a decepção.

Amor é um livro, sexo é esporte. Sexo é escolha, amor é sorte. Amor é prosa, sexo é poesia.

Sexo é do bom, amor é do bem.

Amor é um. Sexo é dois. Cry,cry,cry. Hoje é chorar. E seguir em frente. Um homem que toca a eternidade não sabe mais viver a rapidez do tempo. Não consegue, não vê o tempo passar. Faria tudo pra ter aquele momento de eternidade de novo. Mostra que não é uma alma preparada pra tal coisa. Não digo o amor, digo a eternidade. Mas existe algo que ele ainda precisa descobrir sozinho. O amor nos faz eternos. Mesmo que ele tenha amado e não tenha sido correspondido. Ou tenha sido apenas com palavras. Ele amou. Ele é eterno. Mesmo que mude. Mesmo que acabe. (preciso de outra bebida, leitora, acalme-se) (e de um cigarro também).

Naquela noite, ele se sentiu melhor que nunca. Acordou disposto e … bem, ele nunca conseguiria voltar a viver como antes. Pobre diabo, não sabia o que o aguardava. Ela o amara. Ela o dissera. Eles se completavam. “Que nem feijão e arroz”. Enquanto ela sussurava gemidos e palavras de amor no ouvido dele, enquanto ela o mantivera preso em seus braços, o tempo pareceu parar. Ledo engano, era o seu pedacinho de eternidade. Se céu e inferno existem, ele esteve nos dois. E saiu dos dois. Seu lugar não é lá. Ele amou. Ele fora amado. Ela se tornara eterno naquela noite e nada tiraria isso dele. Nada. Ele amou. Ele ama. Contra todas as convenções, contra todo o modo de ser de todos, ele amou. Ele ama. Só não sabe. Precisa descobrir sozinho.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Eu sempre quis te ter
Mas agora que eu não quero
Te ter
Você quer me ter...
[ desconhecido]

sábado, 4 de dezembro de 2010

Texto antigo

uma toalha de plástico sobre a mesa. um copo simples, um vinho barato. tinto. essa televisão que passa comerciais insistentemente. o barulho da chuva lá fora. vente. pés gelados. mais um gole de vinho. um longo gole. luzes apagadas, escrevo aproveitando o brilho da tela. em cima da mesa, um telefone que insiste em não tocar. a porta continua fechada, a casa continua vazia. um filme romântico qualquer começa agora. algo sobre desencontros e encontros amorosos. uma música que não sai da cabeça. mais um pouco (pouco) de vinho. não sei se vou reconhecer a letra quando acordar. um vazio familiar me dá a sensação de aperto no peito. as histórias me fazem acreditar que se tiver que ser, será. e com quem tiver que ser. mesmo que demore. Ou não.

droga, manchei o papel de vinho. é que nem sempre será como nos filmes. aliás, raramente será.

o sol me diz que é hora de deitar (trecho ilegível) depois continuo (outro trecho ilegível).

(texto escrito num caderno qualquer em março de 2009, duas semanas depois de tudo acontecer)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Post para meu amigo Mauro

Como vai meu velho camarada? Quanto tempo eu não vejo mais você.



Não acredite em horóscopo chinês, são só frases soltas.


Era só uma brincadeira, amigo. não fique triste se eu te trollei.

E encontrei ontem uma menina de cabelos curtos, amigo, lembrei de ti. Como se tu precisasse de ajuda com isso.


Assim, meu caro, há tempos não nos vemos e nem nos falamos. Nos distanciamos desde que fui pro Uruguay, ó vida.

E precisava te contar, meu velho... acho que estou na dúvida de novo. na mesma e velha boa dúvida. Coisas que não posso postar aqui, mas que trataremos logo, se o universo assim nos permitir.

E esperamos que o horóscopo chinês que leste pra mim naquela tarde, via msn se concretize no ano que vem. Estou mesmo precisando ser feliz.


Como se ninguém precisasse, não é?

Um forte abraço, meu velho amigo. saudades.










(sinceramente? tem que ser muito macho pra fazer um post desses)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Existe em toda abertura de anime.

sábado, 27 de novembro de 2010

Escolhas

cada escolha uma renuncia.uma certeza. cada escolha,é um fato, o aconchego de uma dor. cada amor, uma dor. cada dor uma cicatriz e cada cicatriz,uma história.


As coisas que eu te disse ontem valem só até a meia-noite, portanto pense bem meu bem, antes de tirar a roupa. Cada vez que fazemos uma escolha, e a vida é feita delas, nós machucamos alguém. E é sempre a pessoa errada. foda-se. meu egoísmo me mata. meu egoísmo me fere. mas é melhor assim. melhor sofrer pelo meu do que pelo egoísmo alheio.

Rebeca manda beijos

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Pra matar o tempo...

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Vamos jogar?

domingo, 14 de novembro de 2010

E é isso que leio em seus olhos...

Só estou te avisando pra você não procurar por sentimentos bons ou ruins sobre você dentro de mim… Veja o que o tempo faz, eu nem te conheço, mas eu nem mesmo lembro do exato momento em que tive o coração partido, só lembro do que eu não fiz, de te perder por um triz e toda essa culpa por não ter desculpa por ter jogado fora o seu amor.
-

Quantas vezes eu tentei, me afastar e esquecer. Quantas vezes eu joguei, minha vida fora por você.
__Esteban Tavares.;

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Garras ou cura?

domingo, 7 de novembro de 2010

O Sonho do cotidiano

Disparo a arma apontada para minha cabeça, microssegundos da morte certa, mas eu sou o que penso, e meu pensamento é muito mais rápido que isso. Até que tudo termine já terei criado infinitos universos, infinitos sonhos. Mas pensando bem, o suicídio é sempre tão presente em mim.

Acordo com alguém me cutucando, me assusto, devo ter perdido minha parada, mas era só um rapaz com um bilhetinho pedindo dinheiro. Verifico minha jaqueta, 5 centavos, bem, afinal é o que ele pedia no papel, estranho, nunca dou dinheiro assim.
Não estou no ônibus, estou no metro. Mas que eu estou fazendo no metro? Olha em volta, uma guria sentada comigo, não conheço, pessoas em volta, uma de bicicleta. A garota ouvia música no seu smartphone, resolvi ouvir também, não encontro meu iPod. Como assim estou sem ele? O que está acontecendo?
O trem para na estação aeroporto, mas eu não desço. Novamente estranho isso, não tenho descido em outra estação ultimamente. Também não desço na rodoviaria, mas não consigo lembrar o que eu faria no mercado. Olho para os olhares em volta, sedentos por algo diferente... cultura... Epifania. A Feira, é pra lá que vou, não vou?

Vou na Feira, passeio pela ala internacional, vejo alguns títulos, mas não compro nada, não posso gastar nada. Vou ver o rio, esse ano não tem navios para se embarcar. Caminho pela feira, tem uma pontezinha esse ano na praça? Tá, esse sonho tá passando dos limites. Bem, vamos atravaessar a ponte então. HEY, quem é aquele? O David Coimbra? Assim, passando por mim? E eu sem nada pra pedir autógrafo...

Vou no Santander, que isso? Quadros vivos. E pessoas famosas neles. Tá ficando muito tenso isso.

Ando pelas bancas, não posso comprar nada, mas tem alguém me observando. Aquela jovem ali, observo de volta, mas ela não desvia o olhar, continua me encarando. Droga, eu não desvio o olhar para os livros da sua banca pra tentar puxar um papo, e sou arrastado pela multidão. Mas peraí, ela não viu meu olhar, eu to de óculos escuros. O que estou fazendo de óculos escuros? Nunca uso isso, ou quase nunca. Bem, depois eu volto, Travessuras e Gostosuras na Feira do Livro.

Vou pra Casa, a do Mario, sabe? Pessoas esdrúxulas tirando foto da vaca pintada sem nem olhar pra ela, é cultura isso?

Volto, a garota sumiu, droga, terei de voltar outro dia. Encontro uma amiga da faculdade, justo aqui, no meio de tanta gente. Encontro mais a frente uma professora, daquelas que eu gosto.

Vou pra casa, a minha, sabe? No metro garotinhas ficam me cuidando, que coisa isso, e eu de óculos escuros, ainda bem, são jovens demais, ficam se empurrando aparentemente dizendo uma para a outra para virem até mim. Aiai, essas moçoilas.

Centro de São Leo já? Vou pra praça. No caminho mais moçoilas, 15 ou 16 anos, cheiravam a isso pelo menos. Passo por elas, murmurinho, "que gostoso" sussurrado, olho de lado, "ele ouviu, que vergonha" sussurrado, risinhos.

Ninguém na praça. Vou pra casa. Cansado, foi um bom dia, foi um bom sonho, sozinho, como os melhores sempre são.

Acordo.
E a bala? Ah, já desviei, essa bala de tudo que estava me matando aos poucos, e que ninguém me salvava. Me livrei sozinho, como sempre. Agora é voltar pras discussões que deixei pendentes.

domingo, 31 de outubro de 2010

O Segredo da Felicidade:

"— E esse — interveio sentenciosamente o Diretor — é o segredo da felicidade e
da virtude: amar o que se é obrigado a fazer. Tal é a finalidade de todo o
condicionamento: fazer as pessoas amarem o destino social a que não podem escapar."

Trecho do livro Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Óh, o Amor.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Corram para as colinas, o Marconi sumiu

Fonte: DeviantArt
Sempre imaginei o que pensam quando se dão conta que eu sumi. Sumi sem dar tchau, ou sumi de vez e não apareci por meses.


Repetindo o que já disse por aqui, nunca fiz parte de grupo algum, nem tive um amigo inseparável. Mas não é essa a questão. Eu simpatizo, gosto, me apego a pessoas, e não a grupos.
Já discuti com pessoas que se negavam a acreditar que nunca fiz parte de tribo alguma. Acontece que não aceito ter que me adaptar segundo o que os outros esperam, nem aceito conviver com quem não gosto por fazer parte do mesmo grupo, sempre fui orgulhoso demais pra isso.

Eu, eu, eu, eu, mais um post sobre mim? Sim, enquanto minha criatividade andar em baixa vai ser assim, volta e meia um post depoimento de mim mesmo.

Enfim, sumo pra aliviar a cabeça. Se eu sumi é porque tinha algo me incomodando há tempos, ou um comportamento que me incomodasse, ou companhias que me irritassem. Comportamentos de quem eu gosto, e as companhias da pessoa ou pessoas que eu tenho afinidade. Não vou discutir, não vou brigar, e pra evitar ficar emburrado num canto, vou sumir. Afinal, já sou dificil de conviver normalmente, vai me querer por perto emburrado num canto?

Sumo, mas volto, mais cedo ou mais tarde. Sumo, mas deixo recado. Sumo, e se fosse tão importante, me chamariam de volta, coisa raríssima de acontecer. Alivio a cabeça, conheço mais gente, que me apego ou não, ou volto pra aquelas que sumi em outros tempos.

Outra coisa, notei que tem uma coisa que ainda me deixa tímido. Estar num ambiente estranho com pessoas que são muito chegadas entre si. Acho que me intimida, talvez por isso sempre tente levar quem eu gosto pra um ambiente neutro, ou que eu me sinta mais familiar. Quem nunca recebeu um convite meu pra ir em algum lugar que atire a primeira pedra.
Ou vai ver é culpa do estresse dos últimos tempos, a poeira está baixando, mas a trava mental é mais demorada. Tu fica focado nos problemas, e é dificil voltar sua mente pra coisas que realmente importam, tipo, viver.

Por fim, fim de semana em que revi Yugi, Gi e o Biel, e conheci mais uns que não lembro o nome. Não tava nos meus melhores dias, não mesmo, aliás nem lembro se eles já me viram 'solto' verdadeiramente, mas um dia verão, ou não, vai saber... ao menos espero que sim, é algo que não se esquece. [E daí aparece o Frodo falando do dia na embaixada que me viu alegrinho da bebida]
Bueno, beijo e tapa na bunda pra Yugi [Já falei que ela tem cabelo curto? tá, tá, parei] e pra Gi [Ah o Frodo já falou das trancinhas por aqui em algum post perdido por aí]. E um 'de nada' pro Biel por ter ensinado o truque da cordinha com o qual ele vai poder pegar várias garotinhas, mas nada de pedofilia, ok?

Eras isso por hoje, esqueci algumas metáforas que queria colocar e o assunto pro próximo post, mas acho que encontrei a solução de um problema pra um trabalho da uni.

Sem mais

domingo, 24 de outubro de 2010

Acordo



numa cama estranha.se bem que desde que tudo aconteceu, todas as cama me parecem estranhas.

olho em volta, um quarto feminino. barulho de chuveiro.

sento na cama e penso como fui parar ali.

ela entra. me olha, me beija e me dá bom dia. não acho de bom tom perguntar o nome dela ou como eu fui parar ali.

apenas pergunto se ela dormiu bem. ela responde que nos poucos momentos que a deixei dormir, sim.
dou um sorriso. pareço cansado. afinal as memórias da noite vem vindo aos poucos.

lembro. um táxi. um prédio azul. certo.

vejamos, enquanto tomo um banho lembro do bar. o mesmo de sempre. e ela se apresenta e pede pra sentar. okay.


mas qual o nome dela, carácoles? e o que fizemos que ela está assobiando na cozinha?
como alguém acorda com tanto bom humor? enfim, não lembro.

a mão dela no meu corpo me lembra que já acordei, preciso sair do chuveiro. tomamos café e saímos.
domingo. passeamos, vamos até um cinema, conversamos sobre tudo, parece até que namoramos há tempos.

depois do cinema, me despeço dela após ela anotar o meu telefone.
me diz que vai ligar. já ouvi isso antes. e já disse isso antes. não espero muito pra não me decepcionar.


vou pra casa. tomo outro banho e peço uma pizza.

ao sentar com uma cerveja no sofá,no fim do dia, me dou conta que ainda não sei o nome dela.

e nem o que fizemos.céus.


qual o teu nome, garota?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Antes da vida, antes da morte

- Hum, e depois, o que aconteceu?
O barman parecia desinteressado, mas era sua função manter o bêbado acordado enquanto continuava bebendo.
- Depois que eu guspi no rosto dele ele puxou uma adaga e colocou no meu pescoço, ó a marca aqui.
O homem levanta a cabeça e mostra a cicatriz.
- Hum, foi bem feio mesmo, mas por que ele não te matou?
- Não sei, eu fiquei encarando ele, e então ele me soltou. Parecia estar me testando.
- Nossa, incrível tu ter passado por tudo isso. Mais uma dose?
- Ah sim, manda aí.
O barman serviu outra dose, depois outra. Era uma longa história.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Antes da morte, antes da vida.

Fui acorrentado. Mãos e pés presos, sem força. Fui deixado lá, esquecido, sofrendo.
Surge um carrasco, me surra, e a cada golpe desfiro xingamentos.
Eis que silencio, uma lágrima de sangue rola.
Ele sorri, dá mais um golpe.
Levanta meu rosto com uma mão, e eu guspo em sua cara.

[eu sei que é cuspo, e daí?]

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Só mais um dia, só mais um ano.

Bebo meu café.
Olho pra tela em minha frente e penso. Cadê eu nisso tudo?

A internet me deu uma liberdade de expressão inacreditável. Despertou o que estava enterrado bem fundo em mim, e que por repressão, não vinha à tona. [Quem sofreu bullying vai entender isso.]
E, bem, minha vida foi repleta de 'zeros', de momentos de recomeço. Graças a isso, pude trazer pra realidade a liberdade que experimentei virtualmente, mas teve um problema, assim como muitos que vivem demais no seu próprio mundo, desenvolvi eu-líricos dentro de mim mesmo.

Imagina assim, um amigo imaginário dentro da tua mente, e por assim ser, é tu. Cada um que existe na sua mente é tu, todos podem ser indiscutivelmente diferentes, mas todos são você.
Dei liberdade para meus "eus", viraram pseudônimos, certas vezes me via me comportando mais de acordo com um do que com outro, e depois isso mudava, alternava.

Talvez isso seja algo psicológico, desordem mental. Não sei. Geralmente não me atrapalha. Não é nada brusco. Mas quando fico face-a-face com a frase "ser quem eu sou", me perco. Eu mesmo não sei quem sou.
Me adapto, sempre me adaptei. Quando preciso, quando quero, nunca me adaptei pra ser aceito, nunca precisei, e se precisasse não sei se faria.

Hoje dizem que fiz mais um ano, mas fiz só mais um dia. Um dia marcante por alguns motivos, e desnecessário por outros. Um dia pra mudanças, no ano da mudança.

Sol, Lua. Dia, Noite. Não sou opostos, sou misturas. Um dia acerto a mão da minha receita.


Criei em mim varias personalidades

Criei em mim varias personalidades. 
Crio personalidades constantemente. 
Cada sonho meu é imediatamente, 
Logo ao aparecer sonhado, encarnado numa outra pessoa, 
Que passa a sonhá-lo, e eu não. 
Para criar, destruí-me; 
Tanto me exteriorizei dentro de mim, 
Que dentro de mim não existo senão exteriormente. 
Sou a cena viva onde passam varios actores 
Representando varias peças

Fernando Pessoa


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Bar

Num bar. Sentado,uma garrafa úmida na frente. Cerveja. Um copo, pela metade. (metade cheio ou metade vazio?)


Lentamente, balançando a cabeça ao som do blues que toca ao fundo (uma banda ensaia sem saber) , ele retira o rótulo da cerveja. Polar. Ele retira o rótulo pois não pode retirar a roupa de um morena. Uma certa morena, aquela mesma.


Ele dá um sorriso triste (pode? pode, claro) e suspira. O suspiro é a marca do abandonado. E nesse caso, ele foi abandonado por si mesmo.

Cansou de lutar. E de tentar. A distância e a frieza impedem. Outros diriam que foi medo. Outros, a fatalidade. Ou a vida ,essa imensa sacana.

Num bar. Sentado sozinho. O blues continua e então tocam aquela canção. A canção que embalou algumas noites deles. Algumas noites em que ele ficou sonhando com ela e algumas noites em que ele ficou, como hoje, chorando por ela.


"Como, como algo assim pode doer tanto?"


Uma inquietação. A banda parou de ensaiar. O guitarrista passa e acena com a cabeça.



ele continua. Sem saber. Sem pensar. Só pensa nela,nela,nela.

E naqueles cabelos. E naquela marca de nascença no ombro direito. E no modo como ela parecia olhar pra ele, quando ele teimava algo. Havia amor naquele olhar.

E então o garçom troca a garrafa.

Dá um sorriso fraco ao ser pego por uma lembrança. A força que fazemos pra esquecer é proporcional á força com que as lembranças voltam.

Ele retira o rótulo de novo. É como se recomeçasse a acariciar ela. lembra até do modo como ela se espreguiçava de manhã, quando tocava no pé dele, uns dois minutos antes do despertador tocar.

Outro soriso fraco. (tá ficando repetitivo, mas toda dor de cotovelo é assim)

Sensação de nada. De não poder fazer nada. De nunca mais amar ninguém sem lembrar dela.


De nunca mais olhar pra uma margarida sem lembrar dela.

De nunca mais esquecer dela.

Mas ele vai. Assim que ele voltar do banheiro, vocês podem perceber.

Algo se ajeitou dentro dele. Algo se depositou no fundo.

E apesar de ele ainda suspirar, e relembrar (ele vai continuar relembrando e suspirando durante muito tempo) ele vai continuar.

É o único modo. Não há outro jeito. Mesmo a ideia que passou antes pela cabeça dele, aquela ideia de dizer "adeus mundo cruel" mesmo essa está dentro do único modo de seguir adiante.


Diga a verdade doa a quem doer.

Outro suspiro, outra garafa, outro blues.

E seguirá assim.

Vai doer? Vai. Está doendo? Está. É assim que tem que ser.
É assim que somos e sempre seremos.


Outra garrafa,outro suspiro. Assim.

E lave as mãos, agradeça ao garçom, chore em casa e siga.

Siga.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O Captain! My Captain!


O Captain! my Captain! our fearful trip is done,
The ship has weather’d every rack, the prize we sought is won,
The port is near, the bells I hear, the people all exulting,
While follow eyes the steady keel, the vessel grim and daring;
            But O heart! heart heart!                                                                                          5
                        O the bleeding drops of red,
                                   Where on the deck my Captain lies,
                                               Fallen cold and dead.

O Captain! my Captain! rise up and hear the bells,
Rise up – for you the flag is flung – for you the bugle trills,                                                    10
For you bouquets and ribbon’d wreaths – for you the shores a-crowding,
For you they call, the swaying mass, their eager faces turning;
            Here Captain! dear father!
                        This arm beneath your head!
                                   It is some dream that on the deck,                                                    15
                                               You’ve fallen cold and dead.

My Captain does not answer, his lips are pale and still,
My father does not feel my arm, he has no pulse nor will,
The ship is anchor’d safe and sound, its voyage closed and done,
From fearful trip the victor ship comes in with object won;                                                   20
            Exult O shores, and ring O bells!
                        But I with mournful tread,
                                   Walk the deck my Captain lies,
                                               Fallen cold and dead.
Walt Whitman


Weather (v): to come safely through a difficult period.
Rack (n): great pain.
Keel (n): a structure made of wood or steel along the bottom of a ship, on which the framework is built.
Vessel (n): (a large) ship.
Grim (adj): very serious in appearance.
Bugle (n): musical instrument like a small trumpet.
Ribbon’d wreath (n): an arrangement of flowers and leaves twisted into a circle. In this case, decorated with strips.
A-crowding (v): becoming crowded.
Swaying (adj): moving from side to side.
Safe and sound (idiom): not damaged.
Tread (n): step.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Poesia

"Aquele maquiavélico ser vaginal

quando domado abocanha meu pau...



Lambuza com a saliva a minha alegria
e se rebaixa enfim como devia."

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Cantadas....



Como eu nunca pensei nisso? Vou lá comprar pilhas pro meu Game Boy...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Enquanto isso, no breu...

No futuro, ainda passearei com Losterh.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Detesto.




"Gente que diz ser alternativo e mente aberta, mas só aceita as idéias vindas do seu mundinho."

.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Minha vida ...

... meus mortos,
meus caminhos tortos,
meu sangue latino,
minha alma cativa.



[Secos e Molhados]

AUTOPSICOGRAFIA

Fernando Pessoa
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira,a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O auge do romantismo...



Não é para qualquer um.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Eu sei..




Velhos amores que nunca são esquecidos,
sempre retornam ao nosso presente tirando nosso chão.

sábado, 11 de setembro de 2010

Placas

Placas de dormitórios para cada um.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Eu acho

O
pau
duro
é
um
elogio
á
beleza
feminina.

Disseram pra mim

Inaugurando uma nova tag aqui no Pub. Ela será utilizada cada vez que for postado algo que nos disseram, sem que a pessoa seja revelada. Melhor assim.
Não sei a frequencia que será utilizada, mas eis a primera parte. Um apanhado de MSN, sms, cartas (sim, pessoas ainda mandam carta),e-mails e conversas cara-a-cara.


"Até por msn você parece um cachorro sem dono."

"Tentar conquistar o coração de belas jovens"

"Eu vou dominar o mundo!"

"Oi,tudo? me liga assim que puder.Bjo."

"Sinto tua falta. Te amo."

"Rivera, mano? Me traz umas muambas, véi. Abs."

"Olha, eu sei que é difícil, mas depois passa."

" Olhar uma mulher é como olhar o mar. Nunca cansa."

"Sim, meu caro amigo lenhador. A gente também chora."

"Foi bom, né?"

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Esse mundo...


Hoje em dia o conceito de felicidade dos jovens é gostar de músicas mal feitas e cantadas; gostar de qualquer coisa que esteja jogada na moda esquecendo os verdadeiros princípios...

Isso de certa forma me indigna profundamente, às vezes paro pra pensar o que vai ser de nossas futuras gerações.. Serão consumistas e bom péssimo gosto pra tudo..

Tô de mau humor e brava comigo mesma. Vou lá tomar um chimarrão, fiquem bem. :*

sábado, 4 de setembro de 2010

É a vida...


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Mash up Skank



"eu ainda gosto dela.
Mas ela já não pensa em mim.
Sob sua pele encontrei abrigo.
Pra gente se devorar, na órbita do seu umbigo.
Quero te provar. Cozida a vapor.
Invente a fuga por nós dois.
Se eu estiver fogo, suavemente se encaixe.
Mas quando eu estiver morto, suplico que não me mate, dentro de ti.
E quando eu estiver louco, suavemente disfarce.
Afinal, é uma partida de futebol.
Bola na trave não altera o placar.
Noites de um verão qualquer."

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Primeiro !

Gostaria de agradecer o convite para participar do blog e prometo me esforçar ao máximo para poder ao menos acrescentar alguma coisinha aqui.

-

"Não me roube a solidão sem antes me oferecer verdadeira companhia." Friedrich Nietzsche

Quando você tirou a solidão de dentro de mim, eu fiquei grata. O único problema for ter agradecido com amor demais.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Vá nessa!

Temos mais uma Vanessa no Pub. \o/

Bueno, tinha pensado em fazer um post sobre solidariedade, cortesia da @carolisbaum. Mas mudei de idéia.

Enfim, a Vanessa é uma guria lá de Santo Ângelo, e vai falar sobre... Ah, qualquer coisa, assim como o resto aqui.

--

Perguntei pra várias pessoas hoje: O que te faz feliz?
As respostas variaram pouco, uma ou outra se sobresaiu.
E então desisti de falar disso também.

--

Li um post, em algum lugar, que me irritou. Estava bem escrito, tinha emoção, tinha história, e um monte de prepotencia juvenil.
Sabe, a vida não é fácil, enfatizar isso o tempo todo enche o saco. Não é por ser velho ou novo que ela vai te dar folga.
Então isso me deu a idéia do que dizer.

--

Idade é um conceito falho.
A quantidade de vezes que alguém já presenciou uma volta ao redor do sol não faz dessa, ou daquela, pessoa mais sábia ou interessante.
Algumas pessoas acham que porque viveram certa quantidade de tempo [adolescentes], conhecem a vida. Alguns conhecem, sim, mas a grande maioria não. Alguns logo aprenderão, outros mais tarde, e outros nunca.

Este é o assunto, mas fica pra outro post...

--

Bem vinda Vanessa!


Com mais...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Tava faltando um besteirol por aqui

Certa vez, a pouco tempo atrás, fui na Embaixada do Rock com o Frodo.

Mais tarde, uma das pessoas que conheci lá me disse que depois de lá o grupo de amigos que a gente conheceu ficou falando de como foi a noite.

Essa pessoa, a Gi, falou que achou que eu tinha olhos verdes, e durante a noite tinha dito: "E ainda por cima ele tem olhos verdes."

Eu não tenho olhos verdes. São castanhos. E achei isso um exagero.

Mas hoje arrumei a barba, lavei o cabelo, botei uma roupa decente, e olhei no espelho e:

"É, seria muita sacanagem com os outros se eu tivesse olhos verdes."


[E daí que eu me achei demais? Tava gatinho mesmo.]
shuahsuahsuashuashuashuashaushasuh

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

E assim...

"Deixe-me contar uma coisa que você já sabe.
O mundo não é um mar de rosas.
É um lugar ruim e asqueroso, e não importa o quão durão você é, ele te deixará de joelhos e te manterá assim se permitir.
Nem eu, nem você, nem ninguém baterá tão forte quanto a vida.
Mas isso não se trata do quão forte pode bater.


Se trata do quão forte pode ser atingido.... e continuar seguindo em frente."
Certas frases de Rocky nunca fizeram tanto sentido pra mim como agora.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Insista


(Fabrício Carpinejar)


Sempre insista. Fale mais do que seja possível pensar. Insista. Temos que ter a capacidade de superar as resistências. Toda primeira conversa enfrentará uma série de inconvenientes. Mas insista. Não recue com a gafe, com o estardalhaço, com a vergonha. Siga adiante. Comece a rir sozinha.

Rir é receber a pergunta: “do que você está rindo?”. Rir é ser perguntado. Não há motivo para rir, rir é se abraçar.

Minha risada é meu gemido público. Acordar me deixa excitado.

Talvez aquela amiga não queira namorá-lo pra não estragar a amizade. Portanto hoje diga: quero estragar nossa amizade. Estragar de jeito. Arruinar nossa amizade. Corromper nossa amizade.

Estrague fundo, o amor pode estar recolhido nela. Mas não aceite tão rápido o que ela não acredita. É disfarce, vivemos disfarçados de normalzinho, de ponderado, de retraído,porque a verdade,quando surge, toma atitudes impensadas, como comer algodão-doce nesta terça feira diante de uma escola de normalistas. Que saudades de acenar para uma freira dirigindo um fusca. Deus é uma freira dirigindo um fusca.

Não se explique, insista. Eu não vou ficar esperando alguém em salvar. Eu mesmo me salvo. Eu mesmo me arrumo para a loucura.

Insista. O apaixonado cria sua boca. Cria sua boca para cada boca. Caso tenha prometido ir atrás dele, vá. Telefone, ainda que atrasada dois anos da promessa. Volte atrás, não queira pensar com os olhos, a boca são os olhos mais atentos.

Talvez aquele amigo não converse para manter a aparência de misterioso. Talvez ele nem saiba conversar, seja incompetente. Insista. Uma hora ele vai tomar um porre do seu silêncio, snetar no meio fio e falar aramaico. Todo homem guardado uma hora fala aramaico. Insista, esteja perto para o sermão dos pássaros no viaduto.

A vida mete medo quando ela não é formalidade, não temos como nos defender do que parte dos dentes. Tenha um medo assombroso da vida, que é mais justo, deixe a morte com ciúme e inveja, deixe a morte sem dançar.

Não fique articulando frases inteligentes, comoventes, certas. Insista. Sei o valor de uma fantasia, mas insista. Tropeçar ainda é andar, pedir desculpa ainda é avançar, concentre-se na dispersão.

Ninguém quer falar com ninguém. Mas insista. Na sala do dentista, no trem, no ônibus,no elevador. Insista. O que mais precisamos é estranheza para reencontrar a intimidade. Não há nada tímido que não tenho sido estranho um dia. Seja estranho com o ascensorista, com o porteiro, com a colega. Declare-se apaixonado antecipadamente. Depois encontre um jeito de pagar. Ame por empréstimo. Ame devendo. Ame falindo.

Mas não crie arrependimentos por aquilo que não foi feito. Sejamos reais em nossas dores.

Tudo o que não aconteceu é perfeito. Dê chance para a imperfeição. Insista.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Velhas gírias...

Eu me sinto velho quando escuto essas gírias novas e acho a coisa mais idiota do mundo.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Os críticos dos críticos

A voz do povo é a voz de Deus. Será?

Com o advento de novos meios do propagação de informação na internet, ser crítico ficou fácil. Atualmente os vlogs estão em alta, e com eles formadores de opinião de diversos campos.
Desde arte, música, cinema, até comportamento, política, mídia. Estão jogando verdades e mentiras na sua cara pra ver se tu engole tudo sem ter tempo de questionar. Entretanto, isso é percebido, e então se cria os críticos dos críticos.

Estes críticos fazem exatamente o mesmo que os outros, jogam verdades e mentiras a respeito das opiniões alheias com suas próprias opiniões. Então existe a guerra.

Basta gastar alguns minutos no twitter por exemplo. A onda do "CALA BOCA", obra prima dos críticos dos críticos, é a voz do povo [?] perante algo que os indigna. Mas... indigna mesmo? Ou melhor, deveria indignar?

Assim aconteceu com o Stallone. Exagerou na dose falando do Brasil e levou um shut up regado a caipirinha. Agora, exagerou mesmo, ou simplismente colocou o dedo na ferida, ou os dois? É como dizem, se não entendem a ironia, quem passa por idiota é tu. No próximo filme que ele vier fazer, torçamos para ele explodir, sei lá, Varginha, ninguém mais lembra de lá mesmo.

Muita gente se esqueceu [ou nunca aprendeu] a ler uma notícia imparcialmente, e então criar a sua própria opinião a respeito disso. Ou vai dizer que tu não gosta de acessar aquele site que enche de ironia e humor suas reportagens? Vai dizer que tu não morre de rir ou espuma de raiva quando vê algum vlogger por aí falando sobre algum assunto que tu tem interesse?

Os críticos, e seus críticos, estão aí, te enchendo de informações, valores, desvalores, gostos e contragostos. E você, vai conseguir te achar no meio disso tudo?

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Dueto.

[Vai postar algo hoje, Mauro?]
É provável...
[Dicas do Tio Marconi?]
Não, talvez amanhã.
[O que tu tá fazendo?]
Desenhando, não percebeu? ... Eu-lírico distraído você.
[Eu sei que está desenhando, só queria entender o motivo desta imagem estar incompleta.]
Ela não está incompleta, ela é assim mesmo.
[Hum, então isso me faz pensar...]
... Em quê?
[No motivo de ti ter escolhido essa imagem.]
Motivo?
[É. Tu sempre desenha por algum motivo, nunca é àtoa.]
Hum... Bem, eu queria estrear os lápis de cor, e simpatizei com essa foto. Foi isso.
[Não, não foi só isso.]
Como assim?
[Olhe a foto. Não há olhos nela, você sempre começa pelos olhos, eles escondem a alma, desenhando eles com exatidão, o resto do desenho flui naturalmente para você.]
...
[E olhe mais, tem um reflexo da guria na foto, em que também não aparece os olhos, mas o reflexo você não pintou.]
Iria demorar demais.
[E quando foi que tu começou a se importar com o tempo gasto nos teus desenhos?]
...
[Era a resposta que eu imaginava.]
Explique você tudo isso então.
[Vejamos, você não a conhece pessoalmente, conhece?]
Não, mas o que isso tem a ver?
[Tudo. Nos teus outros desenhos, você já tinha ao menos visto pessoalmente a quem você desenhava. Sem isso, é impossível até mesmo de adivinhar a essência de uma pessoa. E sem isso, qualquer olhar que você desenhasse seria falso, superficial. Por isso usou uma foto sem olhar.]
É... Faz sentido. Mas e quanto ao reflexo, sabichão?
[Representa a dualidade, a união com um outro ser dentro de si mesmo. E você ama isso. Mas apesar disso, não desenhou, pelo mesmo motivo dos olhos. Não necessariamente na essência dela existe tal dualidade, tal inconsciente manifesto. Novamente seria artificial.]
Aiai, eu-lírico filosófico na madrugada, eu mereço.
[... Vai ficar com o desenho?]
Nunca fico.
[Vai fazer o que com ele?]
Acho que entregar... Um dia... Nem eu sei...
[É, faz sentido...]
... acabou o café.
[Então boa-noite. Fui.]
... É... Boa noite...