quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Sobre viver, mudar e decidir

Momento de um post falado, um momento Lucky [sim, ele esperou por Godot {bem, não diretamente}] talvez... Vou olhar mais um video da Tessa e já continuo...

...

Ok, voltei...

Enfim, batatas cozidas em música troglodita bruscamente retorcida petulantemente ondulante e embarassada futebol vizinhos café requentado de madrugada numa noite estrelada com o pensamento distantemente numa distorsão indireta da realidade indissolúvel e conturbada Harley-Davidson David Coimbra cultura casa Quintana Ver!ssimo epifania gruta grita risada sorriso expressão dimensão caneca personal computer Google Trevanian livros muitos sebos amontoados num mar de vozes estranhamente sutis e distintas de maneira inintelegível apreciação da verdade mentirosa da casa da Joana e sua petulante mão conduzida por sua afável mãe calor vento chuva luz pessoas saudades curiosidades passado presente perfeito amor muro cão latido miado esguio flor nada mais compreensão de uma mente desunidamente reequilibrada razão e emoção estrelas num céu escuro.

Entendeu não? Então o dignissímo texto serviu ao seu propósito.
Não gostou? Não tive intenções de gosto, apenas de não entendimento.
Loucura? Sim, e necessária.
Por que? Sem motivo.
Heim? Isso mesmo, necessária e sem motivo. Lucky me lembrou, sempre lembra.
Quem? Lucky, já disse.
Donde? Aiai, "Waiting for Godot". Procure no YouTube. Acho que não tem em português.
Só isso? Não, agora senta que eu volto a ser eu.
Já estou sentado! E agora? Agora ignore o mundo, coloque uma boa música em uma linguagem que você não entenda, e leia, se você chegou até aqui, leia.

Nesse momento estou em dúvida se crio o resto da postagem baseado em reflexões do comportamento humano ou se faço você que está lendo refletir sobre isto.

Sabe, quando nem havia nascido eu quase morri, o cordão umbilical havia se enrolado no meu frágil pescoço fetal, mas não morri. Quando tinha poucos anos de vida, sempre cheio de doenças, quase morri uma noite, minha mãe me achou já frio na minha cama, me levou às pressas para o hospital, enrolado no cobertor, lá graças a uma injeção sei lá de quê usada em ultimos casos [que ou te salva, ou mata de uma vez] eu sobrevivi. Alguns anos mais tarde, brincando com meu irmão, um primo e um vizinho, construindo uma 'cabana' com dois cavalete e um barril de latão aberto, tudo desmorona, junto com as pedras que estavam em cima para manter o latão no lugar, durante muitos anos carreguei a cicatriz no meu pescoço de onde caiu, mas parou antes de alcançar realmente fundo, além de um dedão do pé quebrado. A alguns meses atrás quebrei o tornozelo, levantando do sofá, descobri que tenho osteopenia.
Aprendi a me auto-controlar, a ter paciência, a dar valor à moral, à honra e àquilo que eu considerava correto. Teci, por mim mesmo, minhas concepções de filosofia e sabedoria, e mais tarde vim a saber que oa antigos tinham idéias muitos semelhantes as que eu supunha. Escondi-me do mundo, e dele tentei aprender tudo o que pude, o que vivi, o que ouvi, o que vi, o que li, o que não vivi. Sofri, ah como sofri. Cheguei a um ponto em que o isolamento se tornou a minha maior verdade, pela vida, por opção, por amor, com dor, quebrei esse afastamento.
O mundo, ah já o conhecia, não me surpreendi, mas o senti, era o que me faltava, foi o que me completou. Conhecimento, sempre se pode ter mais, mas falo de ser e não ter, sou completo, mas não estou completo.

Sim, essa é minha vida, pela qual passei, na qual vivo, sem pressa, sem parar, sempre tudo ao seu tempo, aprendi que se não for assim, não a viverá, mas sim se arrependerá do como poderia ter vivido, ou de como viveu algo antes da hora.

E chegou agora a hora de fazer calar esses que estão por aí, a repetir palavras alheias, pessoas que não desenvolveram seus próprios pensamentos. Pessoas que por lerem muito e conhecerem pessoas com um grande conhecimento acumulado acham que têm opinião própria.
Rídiculos, vomitam as palavras proferidas por pensadores de milênios atrás. Se deixam levar sem notar por formadores de opinião, e cospem para cima quando resolvem falar sobre assuntos que sequer conheceram pessoalmente. Ousam satirizar e criticar quando alguém lhe dá uma opinião contrária a que lhe foi enfiada goela abaixo anteriormente, não sabem respeitar e aprender, a não ser que seja das mesmas fontes, como fantoche que não aceita outras mãos a não ser a do dono.
Vamos ver como será quando suas preciosas teorias forem quebradas e jogadas ao abismo, quem sabe a mediocridade dessa geração finalmente olhe para si mesma.

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