Sentado no ônibus, olhando para as casas, pessoas, animais e vidas que ficavam para trás, juntamente com a paisagem, ele não pensava em como a vida é uma montanha russa.
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Sentia-se feliz naquele instante, sem motivo, por que achar motivos para tanto? Basta apreciar o momento.
Não, nada de novo havia ocorrido, sem novos amores, sem novo emprego, sem ganhar na Mega. Nunca apostou, aliás. Não acreditem, mas nem beber este caro personagem bebeu. O vinho ainda estava fechado em casa, as outras bebidas também. O tão envolvente livro na sua cabeceira continuava lá, e a xicará de café vazia, sem ter sido preenchida aquele dia.
Desceu, andou pelas ruas semidesertas, com as lojas fechadas. Feriado é sempre assim. Não encontrou ninguém, mas sorriu a desconhecidos, e desconhecidos sorriam de volta. Nem sempre, mas sorriam.
Noites frias fazem as pessoas se tornarem mais calorosas.
Enfim, voltou, ainda sem café. Um dia bom. O sono. Boa noite.
Já ouvi isso antes, de forma tão diferetemente parecida. Ainda assim, boa noite.
As horas passam, o sono vai, o sono vem, Boa noite, já lhe disse.
Ainda não percebeu que o tempo brinca? Faz isso com o mesmo divertimento com o qual brinca com seus próprios cachos.
Beijos, boa noite, nos vemos... ...quando for o tempo.
Então dorme, com um sorriso feliz no rosto. Lembrando de risos que não deveria ouvir, e de olhos que queria olhar.
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