sexta-feira, 28 de agosto de 2009

(Sobre)viver

O que te faz continuar?
Erguer a cabeça após um grande problema e dar um passo a frente?
Amor? Ódio? Fé? Trabalho? Amigos?

O tempo?

Sim, tudo isso é capaz de fazer-nos continuar sobrevivendo nesse mundo, até levarmos outro baque e cairmos por chão novamente, e novamente, e novamente...

E vamos nos cansando de sempre nos levantarmos e despencarmos logo em seguida. Velhos encantos vão perdendo sua beleza, mas temos de sobreviver...
É como viver ao máximo o seu fim de semana, mas irremediavelmente ainda existirá a segunda feira.

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O que fazer com esse ciclo interminável então? Se sempre haverá algo para nos derrubar, para nos levar a depressão, para nos fazer chorar e soluçar no silêncio da noite quando temos apenas nossos pensamentos como companheiros?

Onde encontrar um sentido para viver?
Amor, ódio, fé, trabalho, amigos, e até mesmo o tempo, todos falham, ou nos trazem tristeza, limitações, e de alguma forma ajudam a nos derrubar em algum momento.

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Pensei por muito tempo sobre isso (algo por volta de alguns anos...), mas apenas recentemente achei uma resposta que me satisfizesse.

Arte.
Sim a arte, mas não a arte que encanta o povo e enfeita o mundo. A arte pela arte, por mim e para mim. Se gostam, aproveitem, eu não perco aquilo que dou, crio, recrio, morro, renasço, transformo, dou sentido ao mundo, meu mundo.
Pequenos e grande momentos de loucura, êxtase divino. Isso e apenas isso me salvou, e me salva a cada dia.

Acabo de ver um dente de leão pela minha janela.

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