domingo, 27 de maio de 2012

Rosas, pela Torre

Conhecimento Delirante.

Tempo... Tempo, tempo, tempo, tempo...
TEMPO, maldição, o tempo.

Com as rosas e com a Torre um ciclo se fechou, claro como o futuro em uma poça d'água, e um novo se abriu. Mas novos ciclos são complicados, pois nunca se sabe o que se esperar deles, e qual o melhor modo de os começar.
De nada adianta olhar para aqueles belos anos em que outrora havia felicidade. Novos ciclos são egoístas, querem liberdade, querem amor de verdade. Novos ciclos, famintos de fé, famintos de ouro e de pão. Famintos de DOR.
É como criar um título para uma história sem início, meio e fim.

Ele sobe na torre e para na frente de uma porta com seu nome escrito, e ele não quer atravessá-la. O caminho é longo demais, e a chegada final é breve demais. Não há recompensa final, a não ser a poeira nos seus pés surrados, o cabelo desfeito pelo vento e o rosto surrado pelo sol.
Depois de muito andar o corpo clama pelo descanso merecido, mas ele não existe, o caminho segue, ele volta ao princípio e o homem de preto continua.
Palavras, momentos. Vento e tempo. Olhar, sussurrar.

Palavras pequenas e um grande momento, assim foi o princípio dos tempos, assim é o princípio de todos os tempos e de todos os momentos, todos os ciclos e todas as vidas.
Vá ciclo, gire, que gire a roda, que rode o ka, que vire a maçaneta, e que abra a porta para um sem fim de caminhar.
Que venha a dor, venha meu amor, cansei de ser feliz.

0 comentários ébrios: