domingo, 31 de janeiro de 2010
Notícia
Cenas do Cotidiano #2
Sobre viver, mudar e decidir #2
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Sobre viver, mudar e decidir
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Antigos textos
e um novo rumo seguir, para onde quiser ir, com novos pensamentos, novas origens, outros horizontes, novas paisagens. e tudo isso para que? ir além do
imaginável? nada disso serve a não ser que o amanhã realmente venha, que o mundo não seja uma prisão, que os ventos soprem em todas as direções, então
eu irei, sobre meus próprios pés, e andarei, até o fim do mundo, para poder encontrar o meu mundo, e então me realizar e ir atrás de outro sonho, pelo qual
valha a pena sonhar, e buscar, pois a vida é curta e deve ser vivida pelos que sabem o que dela fazer, para então finalmente perecer.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Um dia
Ele deve estar sentado ali há umas sete horas.
Um copo na mão. Uísque. Sem gelo. Pensativo, ele se recosta. Unm pouco esolta um suspiro. Ao fundo, Elvis sussura “ ...love me tender, love me ….”.
Levanta-se e suspira novamente. O corpo agradece os movimentos depois de tanto tempo parado. Vai ao banheiro, olha no espelho. Vê um homem jovem, barba de três dias e olheiras. Da sala vem novamente Elvis, mas agora parece estar mais animado “... hawaiian girls...”
Ergue a cabeça e ensaia um sorriso. Inútil. Depois de tanto tempo, parece que desaprendeu a sorrir. De repente, foi como se algo se iluminasse dentro dele. Vê seu rosto no espelho e olha para a lâmina de barbear. Um pensamento cruza sua cabeça como um raio. Parece decidido agora.
Vai até a sala e aumenta Elvis um pouco. Decide pôr o cd para repetir.
Então, com passos firmes entra no banheiro. Pensa um pouco como se repassasse um plano. Balança a cabeça como se confirmasse algo e empunha a lâmina.
Abre a torneira, molha o rosto e ergue a mão com a lâmina empunhada na altura do pescoço.
Outro suspiro. O telefone toca. “Deixe que toque”- pensa ele, quase raivoso. Estica a pele e vagarosamente encosta a lâmina na pele. Sente o metal frio na carne molhada. Arrepia-se.
E começa.
Para cima, e depois para baixo, lentamente ele vai fazendo a barba. Pára um pouco para alcançar a
espuma e continua. Começa a se embalar com Elvis.
Dez minutos depois, barba feita, ele sorri e pensa: “ abrir a porta e viver. Vou sair. Pegar um sol. Ficar aqui não resolve nada. Melhor assim. Sofrer? Faz parte da vida. Quer saber? Vou ligar pro Flávio e marcar aquele choppinho.”
Ao esperar o elevador, sorri ainda mais ao pensar que alguns minutos atrás tinha pensado naquilo. “Bobagem, isso é para covardes.”
“Mas por via das dúvidas, vou comprar um barbeador elétrico.”-pensa ele ,comprimindo os olhos ao sair no sol. O mundo não acabou afinal.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Maluquices (parte II)
Pasmen,o sono não vem e quero dar continuidade aqui. Vamos indo, ver o que acontece. Só não quero e não vou ficar mudo pra falar de amor aqui. É tão démodé, não? Não, eu não estou falando da frase do Fábio Júnior. Tô falando dele. O amor. Está tão fora de moda falar de amor, de sentimento, num tempo em que as comunicações pela internet estão cada vez maiores. E mais rápidas. Tecnologia esta que nos afasta uns dos outros. Saudade? Manda e-mail. Doença? Manda um torpedo. Gosta de alguém? Deixa um recado no perfil dele ou dela. Tudo tão na ponta dos dedos e tão longe. Não que eu não use isso. Mas acredito que isso nos afasta uns dos outros e vai acabar criando uma geração sem amor. Deve ser por isso tanto auê por conta do tal fim do mundo. Pra mim o mundo acaba quando perdermos a vocação para amar. Para sentir. Para nos emocionar perante um ato de bondade. Aí o mundo acaba. Daí nada terá valor. Sentimentos? Pff. Nada importa. O bom é ter um blog (ou dois) alguns perfis em redes sociais e se sentir aceito nessa tribo cibernética. Onde vamos parar? Só Deus sabe. Ou nem ele. Será que ele realmente pensou que chegaríamos nisso tudo ? Na certa previu que acabaríamos antes, que sucumbiríamos á falta de amor. Mas ainda não. Ainda. Só não vejo casais apaixonados pelas ruas. A vida está nas ruas e não vejo muito disso por aí. Acabaram-se os apaixonados? Os beijos de cinema? O mundo anda mesmo tão violento que as pessoas deixaram de passear? As flores, onde estão? os banhos de chuva são punidos com exclamações “- Nossa, vocês estão loucos?”. A vida é uma grande bagunça (sim a esta altura vocês já sabem que a minha opinião de vida é que ela é uma bagunça e eu estou sempre pronto a entrar na bagunça e aumentar ela.) e nada nela faz mais sentido que o amor.
Tenho certeza que Deus nos fez para a felicidade. Se não, não nos faria tão resistentes à dor, não faria nossos corações tão fortes, a ponto de podermos sempre recomeçar, basta querer. Se você pudesse parar e voltar um pouco no tempo, o que faria? O que mudaria? Uma frase mal interpretada? Um olhar, uma rosa? Ou seria uma Roza? Esquece, um dia eu explico.
Mas o nosso protagonista. É um daqueles que nasceram com um buraco no peito, daqueles que mesmo puxando na memória não conseguem lembrar onde foi realmente feliz. Ou com quem. Ou quando. Meio depressivo, né? Pois é, eu sou assim. Apesar de ter uma porrada de conhecidos e alguns amigos por aí, continuo depressivo e não considero isso ruim. Uma vez uma garota me falou que eu sou Pop. Pois é . Pop. Vê se pode, eu, sendo Pop. É que as pessoas gostam de mim pelas piadinhas, caretas. As pessoas gostam de rir e assim, algumas gostam de mim.
Mas, ah!, salve o mas. O amor é feito de tantas formas diferentes que nem sei por onde começar. Já li relatos de pessoas que se apaixonaram na fila do seguro-desemprego. Acontece. E claro, os clássicos, estilo romeu e julieta. Aqueles que se olham e se apaixonam. Geralmente isso não dura muito. Assim como os originais, os nossos romeus e julietas terminam logo. Sempre com um “ele(a) não era aquilo que eu pensava.”. Pois é. Eu acredito que o amor é a única coisa que salva esse sonho louco, essa bagunça (bazinga!) que vivemos.
Queria poder experimentar mais disso.Há uma história, sobre os deuses gregos... eles estavam entediados,e criaram o homem. Mas continuaram entediados e inventaram a mulher. Como o tédio continuou, eles inventaram o amor, assim nunca mais se entediariam. Depois resolveram experimentar o amor, e então inventaram o riso, para que pudessem suportá-lo. E suportar as dores de amor, suponho.
A chuva cai lá fora e meu pensamento me leva para longe, talvez num tempo distante, rapazes de chapéus e moças e vestidos. Bondes. Carroças, poucos carros. Ah, a vida antigamente, como isso me atrai. Creio que sentiria falta da internet. Mas tudo se supera. Naquela época, eu poderia facilmente me apaixonar. Coisa que acontece comigo mesmo na nossa época. Eu vivo me apaixonando. Mas são paixões que não duram, coisas rápidas. Chuva lá fora. Sozinho em casa. Bate uma saudade, uma vontade de estar junto. De quem? Não sei. Tenho comigo agora certo medo, certo pé atrás com isso tudo de amor e paixão e namoro e sei-lá-o-que-mais. Chove. Os hibiscos da minha janela agradecem a chuva e eu penso, que um dia o Sol se apaixonou pela Lua. E ele corre sempre, intensamente atrás de sua amada, mas, por uma ironia do destino, eles não podem se encontrar. Ou seria um feitiço dos deuses? Quem há de saber?
Perdoem a pausa. Fui tomar um banho de chuva, aproveitar um dos poucos prazeres solitários da vida. Sinceramente? Um dos melhores banhos de chuva que já tomei. De verdade. Água gelada, parece que limpa a alma, que lava a aura e nos restaura pra tentar de novo. Se fôssemos feitos para sermos sozinho, seríamos apenas um. Não tantos como somos. Filosofia barata, puts. A vida é feita de ciclos e bem, acho que o amor está presente em todos. E de muitas formas.
Pessoas apaixonadas são tão felizes. Tenho inveja delas. E pena também. Há tantas coisas que elas não sabem, tanto sofrimentos, tantas dores. Acho que mesmo que soubessem não faria diferença. Iriam se apaixonar igual, iriam amar igual, talvez até com mais intensidade. Por que em termos de amor, não importa muito o que virá, embora façamos planos, importa o que acontece agora. O hoje para os apaixonados é mais importante que o amanhã. A não ser que amanhã haja um cinema.
Cinema. Ah! Uma das mais manjadas expressões de paixão e interesse entre seres humanos.Me parece que o cinema foi inventado com o intuito de unir casais sob um pano de fundo escuro enquanto um observa, admirado, as expressões do outro, durante o filme. Ou só eu que já perdi um filme todo observando as expressões faciais da moça?
Vinte e um anos e um metro e setenta e cinco de vontade. Amar e sofrer. É só começar. Vá em frente. Não tenha medo. O futuro aos deuses pertence e não há muito que possamos fazer. No máximo uma previdência privada.
Mergulhe, sempre. Mas de olhos abertos. Não tenha medo de se entregar, afinal de contas, o pior que pode acontecer com você é o que acontece com todos. Sofrer um pouco por amor e depois começar tudo de novo. Se ainda sofre, aproveite para se redescobrir, para se conhecer mais, para ver sozinho aquele filme que tens vergonha de olhar com mais gente por que tu chora no fim. Beba um pouco (um pouco!) com os amigos e se te faltarem amigos, faça novos. Estude, conheça outras pessoas, entre elas deve estar aquela que irá te fazer feliz outra vez. E de novo. Mergulhe. De olhos abertos. Só não espere demais dos outros. Afinal, Calvin já dizia que “a gente vive melhor quando nossas expectativas são baixas.”
Maluquices
São meia noite e doze e acabei de fazer a barba. Estranho, convicto, em que mundo vivo? Num mundo onde a rapidez de tudo deixa a gente meio zonzo, talvez ansiando pela liberdade primeva.
Estranho, meu plano hoje é passar a noite em claro e escrever alguma coisa. Talvez eu possa contar uma história. Escrevi duas vezes a palavra estranho em dois parágrafos. Estranho. Tá ,desta vez foi de propósito.
Só quero contar uma breve história e depois podemos todos fechar isto aqui e ir viver. Viver, viver , ah, a mais bela das ironias, a vida é complicada a cada passo, uma grande bagunça. Ou será só a minha vida que é uma grande bagunça? Não sei, eu sou assim, meio gauche na vida, um maior abandonado como cantava Cazuza.
Bueno, a minha história. Quem sou eu não é importante, mas ao longo do que eu for contando eu vou dando umas idéias.Até por que isso não vem ao caso agora.
Falava eu da rapidez do mundo, da impulsividade de tudo e do fato de estar acordado agora tentando achar a melhor maneira de escrever a minha história. Minha pois sou eu que estou escrevendo, não que eu esteja nela. Eu posso estar. Ou não.
Nosso bravo protagonista é só um estudante. Perdido, poderia facilmente não ser reconhecido por você na rua, aquele tipo de cara que a gente quase nem nota. Um jovem (que não sei o nome que se dá á fase entre a adolescência e a vida dita adulta), um cara normal que curte lá seus rocks e deve ter suas manias, que ninguém é normal mesmo. Um estagiário. um estagiário normal, coisa que afinal não é o fim do mundo, afinal há coisa pior que isso. há crianças morrendo de fome na África. E mulheres espancadas na Uniban. E torcedores do Botafogo. Ou seja, há algo pior que ser estagiário. Esqueci dos atos secretos. Sabe-se lá como, ele vinha pela rua. Não, não. Melhor começar direito. Falando a verdade, afinal, eu não estou na história.
A gente pode demorar muito tempo pra se recuperar de um pontapé na bunda. Sério. Levar um fora faz parte da vida. Mas demoramos mais pra nos recuperar do que de qualquer outra coisa que é comum a todo mundo na vida. Fora é que nem gripe, com a exceção de não ser contagioso. Algumas pessoas acreditam no amor. Outras não. E tem outras que vivem sem saber, eu pertenço ao último grupo. Que coisa, eu disse que essa não é minha história e acabei me entregando.
Bom o fato é que levei um fora. Faz tempo. Sério. Coisa de uns 10 meses. É por aí. Um belo dia ela me telefonou e simplesmente não queria mais me ver. Assim, na lata, pelo telefone. Acho que posso falar disso agora, embora ainda não saiba dos motivos que levaram ela a fazer aquilo. O mundo que eu tinha caiu. Ruiu. Desabou. E tudo mais perdeu importância. Tudo. Emprego, escola, meu pai. Sim meu pai, é minha família, mas isso é assunto pra mais adiante.
Queria dizer aqui, publica e ostensivamente que acredito no amor. Mais: que preciso do amor. Não deixo em nenhum momento de ser macho por falar que preciso ser amado. Quem disser que não precisa de alguém na vida, que não precisa de amor ou de alguém que queira saber como foi nosso dia está morto. Morto. Pode encomendar a roupa preta. Eu? Estou vivo, e apesar das cicatrizes latentes que dóem um pouco de vez em quando, sinto que ainda acredito no amor. Acredito e preciso. Certo, você a estaaltura esá achando que sou um cara carente tentando posar de romântico. Quase acertou. Só não estou tentando posar de romântico. Eu sou romântico. Daqueles de recitar poemas e dar flores. Daqueles de esperar três horas na chuva. Ou vinte minutos, como já fiz. Acho que nasci na época errada. Queria ter andado de bonde. Ter usado chapéu panamá. E praticado footing.
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Conheci ela num grupo. Sabe, aqueles grupos de jovens da igreja? Pois é , daqueles que tem gente que toca “eu tenho tanto pra te falar” nuns violões? Então, estes mesmos.
Ela era linda. Era não, é. Mas nem foi pela beleza dela que me afeiçoei. Foi pela simplicidade. Sempre achei mais bonita a mulher simples, aquela que veste jeans e chinelo de dedo e solta o cabelo ao vento. Mulher que a gente acha linda mesmo com a cara amassada de sono e descabelada? Aquelas que não usam maquiagem? Sabe? Pois é. Acho lindas. Todas. Mulher de vestido leve então? E sandalinha? Ah,a sandalinha. Enfim. Continuo a ter que contar uma história que mexe com cicatrizes que ainda hoje dóem e que me fazem ter uma dorzinha no fundo do estômago quando penso nisso.(fato: quando terminei de escrever não doía mais.) Gostei dela e, pena me decepcionei. Isso acontece o tempo todo com todo mundo, então se você não quer se decepcionar com alguém mude-se pra uma ilha deserta. Aliás, ainda existem ilhas desertas?
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Desd'aquele dia
desd'aquele dia parece que foi ontem
Parece que chovia ,um rosto apareceu
(uma heroína)
o rosto era seu,
(seu rosto de menina)
parece que foi ontem
Parece que chovia
Desd'aquele dia, minhas noites são iguais
se não vou á luta, não tenho paz.
Não aguento mais. um dia a mais, um dia a menos, são fatais,
pra quem tem sonhos pequenos,
sonhos tão pequenos que
não têm fim.
Eu só queria saber o que você foi
fazer no meu caminho
Eu não consigo entender,
eu não consigo mais viver sozinho.
Amor
Estou me sentindo como se todos tivessem sido convidados pra uma festa e eu não.
Aí me vejo como se estivesse espiando do lado de fora, na chuva (brrr!), toda a animação de meus pares.
Me sinto só. E apesar disso ainda acredito que o amor é a única coisa que valha a pena aqui, o único sentido pra esse sonho louco que vivemos.
Bem... você sabe, o que ue quero dizer está além dos outdoors, por mais que eu grite,o silêncio é sempre maior.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Renata
Morena,olhos cor de mel, garota... cabelos longos, pernas torneadas, uma estrelinha tatuada na nuca, toda boa, e me olhava.
E olhava. E como ela olhava. Estávamos na praia, ela, minha vizinha, ah Renata...(suspiro).
Depois de algumas olhadas e um pouco de conversa, Renata me convidou para entrar em sua casa, sabe.."tomar alguma coisa, com esse calor..."
Claro, claro... (ainda mais estando ela com um minúsculo biquíni... err.. vermelho)
Entramos, sentei no sofá-poltrona da sala enquanto Renata buscava "algo pra gente relaxar".
Enquanto esperava me dei conta do bom gosto na decoração da casa, apesar do extremo mau gosto da parede verde-militar da sala.
E bem, retorna Renata para a sala e percebo que em suas mãos delicadas estão duas taças de vinho, tinto, gelado..
E Renata estava.... como hei de dizer para não envergonhar mais leitores.... estava ela desnuda. A mais bela nudez que já vi. Uma nudez resplandecente,excitante, vibrante eu diria..
Renata me ofereceu uma taça de vinho e sentou-se em meu colo.
Oh! Que maciez, que cheiro de fêmea, céus... que mulher....
E agora? O que acontecerá com nosso herói? Saibam no próximo capítulo de "Renata"
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
A Une Femme
Paul Verlaine
A vous ces vers, de par la grâce consolante
De vos grands yeux où rit et pleure un rêve doux,
De par votre âme, pure et toute bonne, à vous
Ces vers du fond de ma détresse violente.
C’est qu’hélas! le hideux cauchemar qui me hante
N’a pas de trêve et va furieux, fou, jaloux,
Se multipliant comme un cortège de loups
Et se pendant après mon sort qu’il ensanglante.
Oh! je souffre, je souffre affreusement, si bien
Que le gémissement premier du premier homme
Chassé d’Éden n’est qu’une églogue au prix du mien!
Et les soucis que vous pouvez avoir sont comme
Des hirondelles sur un ciel d’après-midi,
—Chère,—par un beau jour de septembre attiédi.
Online text © 1998-2010 Poetry X. All rights reserved.
From Oeuvres complètes de Paul Verlaine, Vol. 1 | 1902
A vous ces vers, de par la grâce consolante
De vos grands yeux où rit et pleure un rêve doux,
De par votre âme, pure et toute bonne, à vous
Ces vers du fond de ma détresse violente.
C’est qu’hélas! le hideux cauchemar qui me hante
N’a pas de trêve et va furieux, fou, jaloux,
Se multipliant comme un cortège de loups
Et se pendant après mon sort qu’il ensanglante.
Oh! je souffre, je souffre affreusement, si bien
Que le gémissement premier du premier homme
Chassé d’Éden n’est qu’une églogue au prix du mien!
Et les soucis que vous pouvez avoir sont comme
Des hirondelles sur un ciel d’après-midi,
—Chère,—par un beau jour de septembre attiédi.
From Oeuvres complètes de Paul Verlaine, Vol. 1 | 1902
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Logo, logo
em breve, logo logo, teremos a série:
"Só mais uma história de verão"
Aguardem e verão.