Hoje, pulamos em círculos. Fugimos da chuva mas pulamos em poças. Respiramos do mesmo céu descolorido em nuvens. Enfim, quando houve uma pausa no dia, no meio do dia, onde a planta corrói a terra e a terra corrói o céu, subimos em nossas mentes e fugimos para lugar nenhum.
Em lugar nenhum, entramos num mercado sem nome. Compramos pães e salgados. Um bolo, também. O café em lugar nenhum tem gosto de tantas coisas que é difícil definir.
No fundo, há um lago, de água plenamente incolor. Veja bem, quando o céu não tem cor, não há cor no lago. Vê-se o fundo. "Bom dia", disseram as pedras arredondadas do fundo.
Vos digo, onde as sementes têm raiz, um leve farelo de folha seca pode mudar a cor de um lago. Ao cair no lago, uma folha inteira seca, abriu-se, então, o lago ao meio. Evaporou no meio do dia. No meio do nada. Lugar nenhum.
Pisamos nas pedras, e encontramo-nos novamente em algum lugar. Chovia.
Nós pulamos em círculos. Pulamos em poças, hoje.
Dados
Há uma semana
2 comentários ébrios:
Olhar e sentir quase nunca estão no mesmo pacote.
E café... Já estou farta de café ruim. E mesmo assim, cá estamos eu e ele. Todo dia.
Um vazio tão cheio...
Um dormir tão acordado...
Mais um café...
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